CFM Ataca Mais Médicos: Programa Ameaçou o SUS e Precarizou Atendimento, Diz Presidente

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reacendeu a polêmica em torno do Programa Mais Médicos, mantendo sua postura crítica em relação à iniciativa. A questão volta à tona em meio às recentes sanções do governo dos Estados Unidos relacionadas ao programa, ampliando o debate sobre seus impactos.

Segundo o presidente do CFM, o ginecologista José Hiran da Silva Gallo, a entidade sempre se opôs ao Mais Médicos, argumentando que ele fragilizou o Sistema Único de Saúde (SUS) e precarizou o atendimento à população mais vulnerável. Gallo defende políticas públicas que valorizem a atuação do médico e qualifiquem a formação profissional, garantindo, assim, um atendimento seguro e de qualidade para todos.

“Defendemos políticas públicas que valorizem o médico, qualifiquem a formação e garantam atendimento seguro à população”, enfatizou Gallo, explicitando a visão do CFM sobre a necessidade de aprimorar a assistência médica no país. A crítica se estende à permissão para que profissionais atuem sem a devida revalidação de diplomas e sem a garantia de direitos trabalhistas adequados.

Nos bastidores do CFM, a discussão sobre o caso ganha contornos ainda mais intensos. Conselheiros consideram a possibilidade de incluir gestores do Mais Médicos em uma lista de investigados, o que pode levar a novas revelações sobre o programa. A primeira equipe de gestores, incluindo nomes como o do atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do secretário-executivo Adriano Massuda, são alvos potenciais dessa apuração.

Paralelamente, o senador americano Marco Rubio acusou o governo cubano de explorar trabalhadores através do Mais Médicos. Rubio assegurou que pretende responsabilizar todos os envolvidos que lucram com o que ele classifica como “trabalho forçado”. Lançado em 2013, o programa, fruto de uma parceria com Cuba, visava ampliar a assistência médica no Brasil, mas enfrenta críticas e acusações de irregularidades.

Fonte: http://revistaoeste.com

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