O mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais robustos de recuperação. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no segundo trimestre de 2025 atingiu 5,8%, marcando o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Trimestral, em 2012. O levantamento revela um cenário positivo em grande parte do país.
A pesquisa do IBGE aponta para uma queda no desemprego em 18 estados brasileiros. Apesar do panorama geral otimista, persistem disparidades regionais significativas. Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) ainda registram as maiores taxas de desocupação, enquanto Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) apresentam os melhores desempenhos.
Um dado particularmente animador é que doze unidades da federação alcançaram suas menores taxas históricas de desemprego. Entre elas, destacam-se Amapá (6,9%), Rio Grande do Norte (7,5%), Minas Gerais (4%), São Paulo (5,1%) e Santa Catarina (2,2%). O analista da pesquisa, William Kratochwill, enfatizou a força contínua do mercado de trabalho, observando que “houve redução da taxa de desocupação em todas as regiões do país.”
Além da queda no desemprego, o mercado de trabalho formal também se fortaleceu. Entre os empregados do setor privado, 74,2% possuem carteira assinada, com os maiores índices registrados em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%). Esse aumento na formalização contribui para a segurança e os direitos dos trabalhadores.
Outro indicador positivo é a redução do desemprego de longo prazo. O número de pessoas que buscam emprego há dois anos ou mais diminuiu 23,6%, totalizando 1,3 milhão, o menor contingente para um segundo trimestre desde 2014. Paralelamente, a renda média do trabalho atingiu um valor recorde de R$ 3.477, refletindo um crescimento em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024.
Apesar dos avanços significativos, o estudo do IBGE ressalta que as desigualdades no mercado de trabalho persistem. A taxa de desemprego entre mulheres (6,9%) ainda é superior à dos homens (4,8%). Adicionalmente, a escolaridade continua sendo um fator determinante, com a taxa de desemprego entre pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) sendo quase o triplo da observada para aqueles com ensino superior completo (3,2%).
Fonte: http://vistapatria.com.br