O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou novamente a prisão do empresário Sidney Oliveira, proprietário da rede Ultrafarma, nesta quinta-feira (21). A medida foi motivada pelo não pagamento da fiança de R$ 25 milhões, previamente estipulada pela Justiça.
Essa nova investida do MP ocorre após uma tentativa frustrada da defesa de Oliveira de suspender a obrigatoriedade do pagamento da fiança. O pedido foi negado pela Justiça na segunda-feira (18), que justificou a decisão com base na gravidade das acusações que pesam sobre o empresário.
Enquanto isso, o diretor da Fast Shop, Mario Otavio Gomes, obteve uma decisão favorável na 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. O entendimento suspendeu sua fiança, também fixada em R$ 25 milhões, demonstrando diferentes desdobramentos no mesmo caso.
A Justiça paulista havia autorizado a soltura de ambos os empresários na semana anterior, atendendo a pedidos do próprio Ministério Público. Apesar da liberdade concedida, tanto Oliveira quanto Gomes continuam sendo investigados por suposto envolvimento em um esquema de corrupção.
As investigações do MP-SP apontam para um esquema que pode ter movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas, envolvendo auditores fiscais e empresas. O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, tido como peça central do esquema, teve sua prisão convertida em preventiva, após a apresentação de novas provas pela promotoria.
Outro auditor fiscal, Marcelo de Almeida Gouveia, também está preso, enquanto Tatiane de Conceição Lopes, suspeita de lavar dinheiro para o grupo, teve a prisão convertida em domiciliar. Seu marido, Celso Éder Gonzaga de Araújo, permanece detido, com a polícia tendo encontrado pedras preciosas e mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo em sua residência durante a operação.
Fonte: http://revistaoeste.com