O YouTube excluiu canais de diversos criadores de conteúdo do Paraná, incluindo nomes de Londrina e Curitiba, sob a acusação de violação das políticas de segurança infantil da plataforma. A medida drástica foi tomada após uma onda de denúncias anônimas feitas pela comunidade de usuários, sinalizando uma crescente preocupação com a exploração infantil online.
Entre os canais removidos, destacam-se os de Felipe Sápio (Taspio) e João Caetano, ambos de Londrina, e o casal Patrícia Caetano e André Campos (Paty e Dedé), de Curitiba. Juntos, os canais somavam milhões de seguidores e apresentavam conteúdos variados, desde encenações com crianças e adolescentes até vídeos de manobras de bicicleta e danças.
Apesar da remoção, os representantes dos youtubers alegam que não houve notificação prévia e que todos os conteúdos eram produzidos com contratos formalizados em nome dos responsáveis legais das crianças. Além disso, afirmam que os menores envolvidos recebiam acompanhamento psicológico para garantir seu bem-estar durante as gravações. Os criadores de conteúdo agora avaliam contestar a decisão do YouTube.
Segundo informações, Felipe Sápio, conhecido como Taspio, possuía 12 milhões de seguidores e criava encenações com crianças e adolescentes abordando temas de relacionamentos. João Caetano, com 17 milhões de seguidores, era conhecido por vídeos de manobras de bicicleta, desafios e exibição de carros e casas de luxo. O casal Paty e Dedé, de Curitiba, somava 7 milhões de inscritos e 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, com vídeos de danças, encenações e esportes com crianças.
A polêmica envolvendo conteúdo infantil nas redes sociais ganhou força no Paraná após uma liminar do Ministério Público que proíbe a produção de conteúdo com crianças sem autorização judicial. Paralelamente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto para combater a “adultização” de crianças nas redes, exigindo a vinculação de contas de menores a responsáveis e a remoção de conteúdos abusivos. As medidas indicam uma crescente preocupação com a proteção da infância no ambiente digital.
Fonte: http://massa.com.br
