O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade a Antônio Rene da Silva Chagas, um dos investigados na Operação Estafeta. A decisão, proferida pelo ministro Reinaldo Fonseca, revogou a prisão preventiva que havia sido decretada em agosto de 2024, quando a ação da Polícia Federal afastou o prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo de Lima Fernandes (Podemos).
O ministro Fonseca substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares alternativas, conforme decisão da última sexta-feira, 22, obtida pela CNN. Antônio Rene deverá comparecer periodicamente em juízo, está proibido de manter contato com outros investigados e testemunhas, e não poderá deixar a comarca sem autorização judicial. Adicionalmente, terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno e entregar seu passaporte às autoridades.
O relator do caso considerou que, apesar dos indícios de envolvimento de Antônio Rene no manuseio de grandes quantias de dinheiro relacionadas ao esquema investigado, não há risco atual para o andamento das investigações ou para a ordem pública. Segundo o ministro, o investigado é réu primário e não ocupa posição de liderança na suposta organização criminosa.
A Operação Estafeta, que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, aponta Antônio Rene, conhecido como “Renegade”, como responsável pela divisão e transporte de valores. A Polícia Federal cumpriu mandados em diversas cidades da região metropolitana de São Paulo, incluindo São Bernardo, São Paulo, Santo André, Mauá e Diadema.
Marcelo de Lima Fernandes, o prefeito afastado de São Bernardo do Campo e principal alvo da operação, teve o uso de tornozeleira eletrônica determinado pela Justiça. A investigação teve início após a apreensão de R$ 14 milhões em espécie com um servidor ligado ao grupo suspeito, e o material obtido em seus aparelhos celulares reforçou as suspeitas sobre o envolvimento de Antônio Rene no esquema financeiro.
Fonte: http://revistaoeste.com