Angústia no Paraná: Buscas por cobradores desaparecidos entram na quarta semana; Mãe relata sonho premonitório

O mistério em torno do desaparecimento de quatro homens em Icaraíma, no noroeste do Paraná, completa três semanas, mobilizando autoridades e familiares em uma busca incessante por respostas. Rafael Juliano Marascalchi, Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira e Diego Henrique Afonso sumiram após se deslocarem para a região com o objetivo de cobrar uma dívida milionária referente à negociação de terras.

As buscas se intensificam, enquanto a angústia toma conta das famílias. Em entrevista, a mãe de Diego Henrique Afonso, um dos desaparecidos, compartilhou a dor da espera e a esperança que ainda reside em seu coração. “Essa noite eu sonhei com ele, que ele chegou com a caminhonete macetada”, relatou emocionada, revelando a força dos laços que a unem ao filho.

Diego, juntamente com Rafael Juliano e Robsley Hernani, partiu de São Paulo rumo ao Paraná para receber cerca de R$ 250 mil, valor referente à compra de uma propriedade rural. O grupo se encontrou com Alencar Gonçalves de Souza, o vendedor do imóvel, mas desde então, o paradeiro dos quatro permanece um enigma.

Na véspera do desaparecimento, Diego compartilhou com o pai a apreensão diante da situação. “Eu vi o velho com o 38 pendurado. Falei pro Diego tomar cuidado com isso aí”, revelou o pai, expondo a tensão que pairava sobre a negociação. No dia seguinte, o grupo teria retornado à propriedade em busca de um acordo, marcando o último contato com familiares e autoridades.

A Polícia Civil do Paraná segue investigando o caso e a Justiça decretou a prisão temporária de pai e filho, apontados como compradores da propriedade rural, Antônio e Paulo Buscariollo, que seguem foragidos. Familiares relatam a sensação de impotência diante da falta de informações sobre o andamento das investigações. “Estamos completando 21 dias e ninguém teve acesso a câmeras, nem da rodovia, nem do pesqueiro. Passamos informações ao delegado e fomos ignorados”, desabafou um parente.

Em meio à busca, a esposa de uma das vítimas encontrou o carro dos suspeitos abandonado em um sítio da família investigada, o veículo foi apreendido para análise. A incerteza e a dor da espera continuam a marcar a rotina dos familiares dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma. “Fiquei no Paraná por sete dias e a impressão é de que não estão fazendo nada. Querem nos vencer pelo cansaço, mas não vamos calar. Vamos até o fim”, afirmou um familiar, demonstrando a determinação em buscar a verdade.

Fonte: http://ric.com.br

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