O deputado federal Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro, enfrentará julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de envolvimento em um esquema de contrabando de madeira extraída ilegalmente da Amazônia. A decisão foi proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, acompanhando o parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O caso teve origem em maio de 2021, durante a Operação Akuanduba, que investigava crimes ambientais. Após a saída de Salles do Ministério do Meio Ambiente, o processo foi inicialmente encaminhado à Justiça Federal do Pará, onde ele chegou a ser réu por corrupção passiva, crimes contra a flora e organização criminosa.
Com a revisão do entendimento sobre o foro privilegiado, o processo retornou ao STF em março, considerando que os atos imputados a Salles ocorreram enquanto ele ocupava o cargo de ministro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou a necessidade de o caso ser julgado no Supremo, validando os atos processuais já realizados na Justiça Federal do Pará.
Ao determinar a abertura da ação penal no STF, o ministro Alexandre de Moraes endossou o parecer da PGR, formalizando o início do julgamento de Ricardo Salles e outros indivíduos supostamente envolvidos no esquema. A expectativa é que o Supremo analise minuciosamente as provas e argumentos apresentados para determinar a responsabilidade dos acusados.
Em resposta às acusações, Salles já havia negado qualquer participação no esquema de contrabando de madeira em 2023. Na época, ele expressou confiança na “seriedade e imparcialidade do Judiciário”, afirmando que a verdade prevaleceria e demonstraria a inconsistência das acusações apresentadas contra ele e seus colaboradores.
Fonte: http://revistaoeste.com
