A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, a Operação Carbono Oculto, que tem como um dos principais alvos a REAG Investimentos, gestora com forte atuação no mercado financeiro. A empresa, listada na B3 e com foco em gestão de recursos e patrimônio, é suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação mobilizou 1.400 agentes em oito estados, demonstrando a amplitude da investigação.
A REAG Investimentos, em meio às investigações, também se destaca por patrocinar um programa de economia produzido pelo Canal MyNews. A emissora é comandada por jornalistas, entre eles Mara Luquet, conhecida por sua longa trajetória na TV Globo e Grupo Globo. O programa, apresentado por Denise Campos de Toledo, conta com participações de Mara Luquet e outros especialistas.
Embora produzido pelo MyNews, a publicação parece indicar uma parceria por contrato de produção, nos moldes do que ocorre quando produtoras independentes assumem a execução de projetos para marcas privadas. Os vídeos da série são publicados semanalmente no YouTube, em uma playlist específica no canal do MyNews, e também disponibilizados em plataformas de áudio como o Spotify, ampliando o alcance do conteúdo patrocinado.
Na manhã desta quinta-feira, agentes da PF realizaram mandados de busca e apreensão na sede da REAG Investimentos, localizada na alameda Gabriel Monteiro, e em outros escritórios na avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. A força-tarefa apura a utilização de cerca de 40 fundos para o suposto esquema de lavagem de dinheiro, considerada a maior operação do tipo já realizada pela Receita Federal.
Fundada em 2012 por João Carlos Mansur, a REAG tem passado por um período de expansão, com aquisições e entrada em novos setores, incluindo a compra da plataforma GetNinjas. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) chegou a abrir um processo contra a REAG por suposta omissão de informação durante a aquisição da GetNinjas, questionando a falta de transparência quanto à real intenção da compra. A REAG confirmou ter sido alvo da operação e afirmou, em nota, que está colaborando com as investigações.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br
