O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na noite desta quinta-feira (28), que o ex-jogador Robinho permanecerá preso no Brasil. A decisão confirma o cumprimento da pena de nove anos imposta pela Justiça italiana pelo crime de estupro coletivo, ocorrido em 2013, em Milão, quando Robinho atuava pelo Milan.
A maioria dos ministros do STF, seis dos onze, votou pela manutenção da prisão. Integram esse grupo o relator do caso, Luiz Fux, e os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, André Mendonça, Cristiano Zanin e Edson Fachin. O ministro Gilmar Mendes foi o único a se manifestar contrariamente à prisão até o momento.
A defesa de Robinho buscava a soltura do ex-jogador, argumentando que a Lei de Migração, utilizada para validar a decisão italiana, é posterior ao crime. Os advogados alegam que aplicar a lei retroativamente para punir Robinho seria ilegal, conforme a legislação brasileira.
A impossibilidade de extradição de cidadãos brasileiros levou a Justiça a determinar que Robinho cumpra a pena no Brasil. Ele está detido desde março de 2024 no presídio de Tremembé, em São Paulo. “A Justiça brasileira está cumprindo seu papel em garantir que a sentença seja cumprida”, afirmou um especialista em direito penal consultado.
O caso remonta a 2013, quando Robinho e outros indivíduos foram acusados de estuprar uma mulher albanesa em uma boate de Milão. A Justiça italiana, após investigações que incluíram interceptações telefônicas, condenou Robinho pela participação no crime. A decisão do STF encerra uma longa batalha judicial e garante que a pena seja cumprida em território nacional.
Fonte: http://esporte.ig.com.br
