STF Implementa Esquema de Segurança Reforçado em Brasília para Julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou as medidas de segurança em Brasília, marcando o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A operação, que começou nesta terça-feira, 2 de julho, envolve uma colaboração estreita entre a Polícia Judicial do STF e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), garantindo monitoramento contínuo.

A segurança foi ampliada com o uso diário de cães farejadores da Polícia Federal no STF, a partir das 6h. Além disso, drones equipados com tecnologia de imagem térmica realizam varreduras diurnas e noturnas nos arredores do tribunal. A Praça dos Três Poderes está isolada por grades, e agentes de segurança permanecem no interior do edifício da Corte, inclusive durante o feriado de 7 de setembro.

As residências dos ministros do Supremo também estão sob vigilância reforçada, com inspeções diárias adicionais às vistorias semanais já existentes. O esquema de segurança visa também proteger as comemorações do 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, com acesso ao público a partir das 6h, revistas obrigatórias e restrições a itens como armas, objetos cortantes e drones não autorizados.

Desde a segunda-feira, 1º de julho, a Polícia Militar do Distrito Federal posicionou viaturas e agentes em frente ao STF, com cerca de 30 policiais extras garantindo monitoramento noturno constante. Adicionalmente, foi instalada a Célula Presencial Integrada de Inteligência na sede da SSP-DF, reunindo órgãos de segurança nacionais e distritais para agilizar a troca de informações e monitorar atividades suspeitas, inclusive nas redes sociais.

O processo, denominado “Núcleo 1” da Ação Penal 2668, inclui Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Os réus são acusados de crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada.

A análise do processo teve início nesta terça-feira na Primeira Turma do STF, com sessões programadas para os dias 3, 9, 10 e 12, e possibilidade de reuniões extraordinárias. Na primeira sessão, o ministro-relator Alexandre de Moraes apresentou um relatório resumindo as provas. O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de defesa tiveram tempo para apresentar suas argumentações.

Fonte: http://revistaoeste.com

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