Uma nova Cracolândia emerge no coração de São Paulo, gerando crescente preocupação entre moradores e autoridades. A Avenida Pacaembu, na zona oeste da cidade, testemunhou um aumento alarmante no número de dependentes químicos, com a concentração de usuários de drogas dobrando em apenas uma semana.
Na tarde da última segunda-feira, 1º de setembro, mais de 20 pessoas foram flagradas aglomeradas próximo ao cruzamento com a Avenida General Olímpio da Silveira, conforme reportado pela Folha de S.Paulo. A situação, que se agrava a cada dia, levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas públicas e a necessidade de ações mais contundentes para lidar com o problema.
A proximidade com um prédio da Receita Federal, onde funcionam duas delegacias, agrava ainda mais a situação. Servidores do local manifestaram preocupação com o aumento da vulnerabilidade e a possibilidade de atividades ilícitas no entorno. A Receita Federal informou que acionou as autoridades competentes assim que identificou o avanço do uso de drogas na frente do edifício.
Apesar do alerta da Receita Federal, a Prefeitura de São Paulo e o governo estadual não se manifestaram diretamente sobre o caso. As administrações de Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas afirmaram que monitoram os pontos de uso de drogas e oferecem ações de acolhimento e enfrentamento ao tráfico, mas sem abordar especificamente a situação na Avenida Pacaembu.
No local, usuários se dispersam apenas durante a rotina de zeladoria da prefeitura, entre 15h e 16h. Sem a presença constante de viaturas da Guarda Civil Metropolitana ou da Polícia Militar, os dependentes químicos retornam ao local assim que as equipes de limpeza deixam a via. A reportagem constatou a presença de barracas de camping e lixo acumulado no local, evidenciando a complexidade do problema.
Fonte: http://revistaoeste.com