Vigilantes do Paraná Buscam Ampliação do Porte de Armas em Audiência Pública

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu, nesta quarta-feira (3), uma audiência pública para debater a regulamentação do porte de armas para vigilantes. Proposta pelo deputado estadual Tito Barichello (União), a iniciativa reuniu especialistas e representantes da categoria para discutir a extensão do direito ao porte fora do horário de trabalho, atualmente restrito. A demanda visa garantir maior segurança aos profissionais, frequentemente alvos de criminosos.

O deputado Tito Barichello abriu o evento enfatizando a relevância dos vigilantes para a segurança pública no estado. “Temos aproximadamente 30 mil vigilantes no Paraná, um número superior ao efetivo somado de policiais militares e civis”, ressaltou o parlamentar. Ele defendeu a revisão da legislação federal, argumentando que a lei atual “desarma pessoas honestas, trabalhadoras e que cuidam da sociedade”, e destacou a importância de se entender a segurança pública como uma responsabilidade coletiva.

João Soares, presidente da Federação dos Vigilantes do Estado do Paraná, reforçou a principal reivindicação da categoria. “Hoje, o vigilante está armado no posto de serviço, mas, ao deixar o expediente, fica vulnerável”, afirmou Soares. Ele mencionou casos de vigilantes e seus familiares sendo alvos de criminosos, o que demonstra a necessidade de estender o porte de armas para além do ambiente de trabalho.

O advogado Filipe Palmas, especialista no setor, apresentou dados que relacionam o aumento do acesso a armas com a redução da criminalidade. Segundo Palmas, “Nos últimos quatro anos, tivemos um aumento de mais de 1.000% no número de armas registradas e, paralelamente, houve queda nos homicídios”. Ele defendeu que, assim como os policiais penais, os vigilantes também deveriam ter o direito ao porte, dada a exposição diária ao risco.

A vereadora de Curitiba, delegada Tathiana (União), questionou a ausência de reconhecimento dos vigilantes como agentes de segurança. “Somente os vigilantes podem dar a segurança que o Estado não consegue oferecer. Como eles não são considerados segurança pública?”, indagou a vereadora. Edson David Coelho, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Paranaguá e Região, complementou: “Passou da hora de a gente garantir nossa própria segurança!”

Além do debate sobre o porte de armas, o deputado Barichello mencionou outra proposta em tramitação na Alep: a concessão de meia-entrada para vigilantes em eventos culturais. Segundo o deputado, essa medida visa valorizar a categoria, oferecendo acesso ao lazer e à cultura para os profissionais e suas famílias.

Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br

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