Senado Abre Investigação nos Correios Após Déficit Bilionário Acender Alertas

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado (CFC) autorizou, nesta quarta-feira, uma investigação aprofundada nos Correios, motivada pelo prejuízo superior a R$ 2 bilhões registrado pela estatal em 2024. A iniciativa, liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e relatada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), busca esclarecer as causas do primeiro déficit da empresa desde 2016.

A comissão, em colaboração com o Tribunal de Contas da União (TCU), terá a missão de apurar possíveis falhas contábeis, má gestão, riscos operacionais e até indícios de fraude nos Correios. A rápida aprovação da proposta, ocorrida em apenas 30 segundos, gerou controvérsia e críticas por parte da base governista no Senado.

A senadora Damares Alves justificou o pedido de investigação com base em denúncias recentes de má gestão na estatal, amplamente divulgadas pela imprensa. Segundo a parlamentar, a investigação se concentrará em irregularidades administrativas e contábeis, gestão temerária e aparelhamento institucional, riscos operacionais, além de possíveis fraudes e concorrência desleal. “Aprovamos!!! Agora, abrimos nova frente para investigar todas as suspeitas de irregularidades e corrupção que pairam esse desgoverno”, declarou a senadora em suas redes sociais.

Flávio Bolsonaro classificou as denúncias como “gravíssimas” e assegurou que a comissão está preparada para coletar informações, ouvir pessoas importantes dentro da instituição e realizar visitas *in loco*, se necessário. O objetivo final, segundo o senador, é elaborar um relatório que reflita com precisão as suspeitas de desvios bilionários e crimes cometidos nos Correios.

Em contrapartida, Rogério Carvalho (PT-SE), líder do governo na comissão, criticou a celeridade da votação e questionou o escopo da investigação. O senador petista alega que a proposta extrapola a competência da comissão, invadindo a esfera de empresas privadas. Ele anunciou que apresentará uma questão de ordem à mesa diretora do Senado, buscando reverter a decisão.

Fonte: http://revistaoeste.com

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