Em um movimento que tensiona as relações entre governo e oposição, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, declarou-se contrário à anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. A declaração coloca o ministro em rota de colisão com seu próprio partido, o Republicanos, que demonstra apoio à medida.
O posicionamento do Republicanos em defesa da anistia foi reforçado por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que sinalizou apoio da oposição. Partidos como União Brasil, Progressistas (PP) e, possivelmente, o PSD, também demonstraram inclinação favorável à proposta.
A indicação de Silvio Costa Filho para o ministério foi uma estratégia do presidente Lula para ampliar a base de apoio do governo. A escolha de André Fufuca (PP-MA) para o Esporte ocorreu na mesma leva, demonstrando a busca por alianças.
“Tem a pauta da anistia, que sou contra”, afirmou Costa Filho à GloboNews. “Defendo que os culpados sejam responsabilizados.” Ele expressou confiança na habilidade do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em construir convergências nas pautas de interesse do país.
A pressão sobre Motta aumenta em meio à expectativa da oposição em acelerar a votação da anistia, especialmente diante do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Os votos dos ministros da Primeira Turma do STF são aguardados para breve, adicionando urgência ao debate.
Costa Filho fez questão de ressaltar seu alinhamento com Lula, afirmando que sua nomeação foi uma escolha pessoal do presidente. Ele reiterou seu apoio ao governo para as eleições de 2026: “Não tenha dúvida que estarei ao lado do presidente Lula”, declarou, justificando sua posição como a melhor opção para o Brasil no momento.
Ao comentar sobre o cenário eleitoral, o ministro mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Costa Filho sugeriu que Tarcísio deve priorizar o mandato estadual, apesar das especulações sobre sua possível candidatura à presidência em 2026. Oficialmente, Tarcísio tem reafirmado sua intenção de buscar a reeleição em São Paulo.
Mesmo integrando um partido com tendências oposicionistas, Costa Filho criticou setores que, segundo ele, torcem contra o sucesso do governo. O ministro reafirma sua lealdade a Lula, em um claro desafio à postura de seu partido.
Fonte: http://revistaoeste.com
