O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, utilizou o Dia da Independência para rebater as críticas sobre uma suposta “ditadura da toga” no Brasil. Em mensagem divulgada neste domingo, o decano da Corte argumentou que a liberdade se fortalece por meio das instituições e que o STF tem cumprido seu papel constitucional.
Mendes defendeu que a Suprema Corte tem atuado como guardiã da Constituição e do Estado de Direito, “impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”. Suas declarações surgem em um contexto de crescente tensão entre o Judiciário e setores da sociedade, que acusam o STF de ativismo judicial.
O ministro também citou episódios recentes, como a pandemia, as ameaças ao sistema eleitoral e a tentativa de golpe de Estado, para exemplificar os riscos ao regime democrático. “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”, enfatizou.
As declarações de Gilmar Mendes coincidem com manifestações em diversas cidades do país, incluindo a Avenida Paulista, em São Paulo. Os protestos, sob o lema “Reaja, Brasil: o medo acabou”, pautaram a anistia aos presos do 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, colega de Gilmar no STF.
Durante os atos, oradores criticaram abertamente a Corte, com acusações de “ditadura da toga” e “censura”. Nomes como o pastor Silas Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante e o ex-procurador Deltan Dallagnol engrossaram o coro contra o STF, refletindo a polarização em torno do papel do Judiciário no país.
Fonte: http://revistaoeste.com