A Câmara dos Deputados adotou um regime de sessões semipresenciais nesta semana, enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avança no julgamento dos acusados de envolvimento nos atos de 8 de Janeiro. A decisão, liderada pelo presidente da Casa, Hugo Motta, permite a parlamentares registrar presença e votar remotamente, o que deve resultar em um esvaziamento do plenário.
A flexibilização coincide com intensas articulações nos bastidores em busca de uma possível anistia aos envolvidos nos eventos de janeiro de 2023. Espera-se que, com a mudança no formato das sessões, apenas pautas de consenso sejam priorizadas, evitando temas que possam gerar divergências em meio às discussões sobre a anistia.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, agendou uma reunião com Hugo Motta para discutir o tema da anistia. “Motta teria se comprometido a pautar o projeto de perdão”, afirmou Cavalcante, embora ainda não haja uma data definida para a votação. A oposição demonstra otimismo diante da possibilidade de avanço da proposta, especialmente após mudanças na base aliada do governo.
Enquanto isso, no STF, o julgamento dos principais acusados de envolvimento nos atos do 8 de Janeiro entra em sua fase final. A 1ª Turma do STF, sob a presidência de Cristiano Zanin, programou sessões extras ao longo da semana para analisar o caso. Nesta terça-feira, os ministros iniciam a votação para decidir sobre a condenação ou absolvição de Jair Bolsonaro e outros réus.
Fonte: http://revistaoeste.com