A derrota para a Bolívia em El Alto selou um ciclo preocupante para a seleção brasileira. As Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 revelaram a campanha menos consistente do Brasil desde a adoção do sistema de pontos corridos. Números alarmantes expõem fragilidades e levantam questionamentos sobre o futuro da equipe.
Apesar da vaga garantida no Mundial de 2026, impulsionada pela expansão para 48 seleções, o desempenho deixa um gosto amargo. Caso o formato anterior, com apenas quatro vagas diretas, ainda estivesse em vigor, o Brasil estaria lutando por uma repescagem, escapando por pouco graças a um saldo de gols ligeiramente superior ao do Paraguai.
A turbulência nos bastidores também contribuiu para o cenário instável. Uma série de mudanças no comando técnico, somadas à indefinição em torno de jogadores-chave como Neymar, lançaram sombras sobre a preparação da equipe. A esperança reside agora na estabilidade que Carlo Ancelotti poderá trazer.
Os números da campanha são implacáveis. Pela primeira vez, o Brasil foi derrotado em casa, sofrendo um revés contra a Argentina no Maracanã. Além disso, a equipe acumulou quatro jogos sem vitória, registrando a pior colocação final e o menor número de pontos conquistados em Eliminatórias.
O levantamento estatístico revela ainda o maior número de derrotas sofridas, igualando a campanha de 2002, e a defesa mais vazada, com 17 gols sofridos. “Esses dados refletem um momento delicado e exigem uma profunda reflexão sobre o planejamento e a execução do trabalho da seleção”, comenta o especialista em futebol, Paulo Roberto Falcão.
Fonte: http://esporte.ig.com.br