O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira, no processo em que é acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A defesa do ex-presidente argumenta que não há provas suficientes para sustentar as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em sua defesa, Bolsonaro solicita que o STF reconheça o que considera cerceamento de sua defesa e pede a anulação da delação premiada de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. A defesa rebate as acusações e clama pela absolvição na ação penal que apura a suposta trama golpista.
Esta fase do processo antecede o pedido de marcação do julgamento dos réus do chamado ‘núcleo 1’ pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. A expectativa é que o julgamento ocorra em setembro, marcando um momento crucial para o futuro jurídico de Bolsonaro e dos demais envolvidos.
A defesa contesta a principal acusação contra Bolsonaro, que o aponta como responsável por uma campanha de descredibilização das urnas eletrônicas, através de uma live, uma reunião ministerial e o encontro com embaixadores, com o objetivo de se manter no poder. “O texto que previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes também não existe, nunca foi encontrado”, argumenta a defesa, questionando a validade das narrativas apresentadas.
A equipe jurídica de Bolsonaro classifica a acusação como “tão absurda quanto alternativa”, ressaltando a necessidade de clareza na definição da acusação para garantir o direito de defesa. A defesa também busca eximir Bolsonaro de responsabilidade pelos eventos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília.
“Enfim, não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao país”, conclui a defesa, em busca da absolvição do ex-presidente.
Fonte: http://vistapatria.com.br