O influenciador digital Hytalo Santos e seu companheiro, Israel Nata Vicente, foram transferidos da cadeia pública de Carapicuíba para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (18). Segundo informações, o casal deixou a unidade prisional visivelmente abalado, demonstrando emoção com a situação. A transferência ocorre após a prisão preventiva de ambos, decretada pela Justiça da Paraíba.
A prisão de Hytalo e Israel ocorreu na última sexta-feira (15), em Carapicuíba, em cumprimento ao mandado expedido pela Justiça paraibana. Os influenciadores são alvo de uma investigação conjunta do Ministério Público da Paraíba e do Ministério Público do Trabalho. As acusações envolvem exploração e exposição de menores, além de suspeitas de tráfico humano, crimes que teriam sido praticados em vídeos divulgados nas redes sociais.
As investigações contra Hytalo Santos ganharam força após a divulgação de um vídeo de 50 minutos produzido pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. No vídeo, Felca detalha esquemas de exploração e erotização de crianças e adolescentes supostamente realizados por Hytalo e outros criadores de conteúdo em uma mansão na Paraíba. Em entrevista ao programa *Fantástico*, Felca relatou ter dedicado um ano à coleta de provas e informações sobre os conteúdos suspeitos.
A defesa dos influenciadores, liderada pelo advogado Felipe Cassimiro, classificou a prisão como “ilegal”. A Justiça da Paraíba, no entanto, negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa no sábado (16). Após a divulgação do vídeo de Felca, Hytalo e o companheiro deixaram a mansão e se deslocaram até Carapicuíba, o que foi interpretado pelo Judiciário paraibano como uma tentativa de fuga e destruição de provas.
Após as denúncias, Felca relatou estar recebendo ameaças de morte pelas redes sociais. A Justiça paulista acatou o pedido dos advogados do youtuber e determinou que o Google forneça dados de uma conta de e-mail usada para enviar as ameaças. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil poderá investigar as ameaças caso a vítima formalize a denúncia em uma delegacia.
Fonte: http://revistaoeste.com
