CPMI do INSS pode pedir prisão por falso testemunho

Investigação sobre descontos indevidos em aposentadorias ganha novos desdobramentos

CPMI do INSS pode pedir prisão por falso testemunho
Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da CBPA. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A CPMI do INSS avalia pedir a prisão preventiva de Abraão Lincoln Ferreira da Cruz por falso testemunho durante depoimento.

Em 3 de novembro de 2025, durante uma oitiva da CPMI do INSS, o presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi acusado de apresentar informações contraditórias e inverídicas. O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão, indicou que, se Ferreira da Cruz continuar a omitir informações, a CPMI poderá solicitar sua prisão preventiva ainda naquela noite.

Acusações e habeas corpus

Antes do depoimento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu habeas corpus que permite ao sindicalista permanecer em silêncio durante questionamentos que possam incriminá-lo. Ferreira da Cruz, que depõe como investigado, se absteve de assinar um termo de compromisso em dizer a verdade, conforme orientação da defesa, devido às investigações em andamento no STF.

Investigações e escândalos

A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que a CBPA não possui funcionários registrados, apesar de ter 445 mil filiados e um faturamento de R$ 41,2 milhões em 2024. O escândalo envolvendo a entidade foi exposto em reportagens começadas em dezembro de 2023, revelando que a arrecadação com descontos de aposentados subiu para R$ 2 bilhões em um ano. Isso resultou em um inquérito pela Polícia Federal e na Operação Sem Desconto, que levou à demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência.

Declarações e próximos passos

Durante a oitiva, Ferreira da Cruz defendeu a CBPA, afirmando que suas operações são compatíveis com as necessidades de 21 confederações. Ele também é suspeito de ter solicitado descontos de benefícios de pessoas já falecidas. O Acordo de Cooperação Técnica com o INSS, firmado em 2022, exigia que a CBPA informasse óbitos e restituísse valores recebidos indevidamente. Questionado sobre essas alegações, o sindicalista optou por permanecer em silêncio.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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