O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestou, nesta quarta-feira (20), seu apoio ao governo venezuelano, emitindo uma nota de solidariedade em resposta à crescente pressão dos Estados Unidos sobre o país sul-americano. O grupo criticou abertamente o que considera uma “ofensiva imperialista” contra a chamada Revolução Bolivariana, liderada por Nicolás Maduro.
O posicionamento do MST surge em um momento de escalada nas tensões entre Washington e Caracas. Em agosto, o governo dos EUA, sob a presidência de Donald Trump, ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Nicolás Maduro, intensificando a pressão internacional sobre o líder venezuelano. O MST argumenta que os EUA carecem de legitimidade para intervir na soberania de outros países e questiona o histórico democrático americano.
Na nota divulgada, o MST acusa os Estados Unidos de impor sanções e bloqueios econômicos à Venezuela, prejudicando o acesso da população a alimentos, medicamentos e recursos essenciais. O movimento alega ainda que o governo americano tem saqueado recursos públicos venezuelanos.
Apesar das dificuldades enfrentadas, o MST afirma que o povo venezuelano permanece unido em defesa de sua soberania nacional. “Graças à Revolução Bolivariana, a Venezuela não é mais um quintal estadunidense, mas a casa na qual milhões de famílias constroem seu futuro”, declarou o movimento em sua nota.
O MST traça um paralelo entre a situação na Venezuela e no Brasil, sugerindo que os EUA estariam utilizando táticas semelhantes em ambos os países para desestabilizar governos. O movimento elogia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sua suposta defesa da soberania brasileira e pede que o governo brasileiro expresse solidariedade ao povo venezuelano, convocando outras organizações populares a apoiarem a Revolução Bolivariana.
Fonte: http://revistaoeste.com