Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 27, revela um forte consenso entre os brasileiros em relação à necessidade de avaliar os médicos recém-formados antes que iniciem suas atividades profissionais. O levantamento indica que 96% da população apoia a exigência de um exame para a obtenção do registro médico, sinalizando uma preocupação generalizada com a qualidade do atendimento. Apenas uma pequena minoria, 3%, discorda da medida, enquanto 1% preferiu não opinar.
O tema ganha ainda mais relevância com a tramitação no Congresso Nacional de projetos de lei que propõem a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina. Essas propostas visam condicionar a autorização para o exercício da profissão à aprovação nessa avaliação, atualmente em debate nas casas do Poder Legislativo. A possível implementação do exame representa um marco na regulamentação da área médica no Brasil.
Analisando os dados por estado, Goiás se destaca com o maior índice de apoio à implementação do exame, alcançando 98% dos entrevistados. O Acre, por sua vez, apresenta o menor índice, embora ainda expressivo, com 92% de aprovação. A pesquisa também investigou se a exigência deveria ser aplicada a todos os formandos ou apenas àqueles que estudaram fora do Brasil, revelando que 98% defendem a aplicação universal do exame.
De acordo com o levantamento, a grande maioria dos entrevistados, 92%, acredita que a adoção do exame aumentaria a segurança no serviço de saúde. Esse dado reforça a percepção de que a avaliação contribuiria para a melhoria da qualidade do atendimento médico oferecido à população. Em contrapartida, apenas 4% acreditam que a avaliação reduziria a confiança, enquanto 3% não veem diferença.
O presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran Gallo, destacou que o resultado da pesquisa reflete o posicionamento da maioria dos médicos e reforça a importância da medida. “A aprovação da medida no Congresso Nacional é fundamental para elevar o padrão educacional”, afirmou Gallo. Ele complementa, “Pois obriga as escolas médicas a se adequarem às exigências do exame, e garante que os recém-formados tenham nível adequado de competência para exercer a profissão, assegurando padrão mínimo de qualidade no atendimento à saúde.”
Fonte: http://revistaoeste.com