Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrada nesta sexta-feira, 29, revelou um audacioso plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho. O promotor, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), estava envolvido na Operação Linha Vermelha, o que o tornou alvo da facção.
Empresários com ligações com o PCC são apontados como os articuladores do plano criminoso. A ação do MPSP cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Campinas, interior paulista, na tentativa de desmantelar a estrutura de apoio ao atentado. Esta é a segunda vez que autoridades de São Paulo descobrem uma conspiração do PCC para eliminar um promotor. Anteriormente, o promotor Lincoln Gakiya também foi alvo de um plano semelhante.
Durante a operação, foram apreendidos celulares e uma pistola calibre .380, que possivelmente seria utilizada no crime. As investigações apontam que os suspeitos atuavam nos ramos de transporte e comércio de veículos, utilizando seus negócios para fornecer apoio logístico à emboscada planejada. A operação contou com a colaboração do 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep) e do Gaeco.
Segundo o Ministério Público, a ordem para o atentado partiu de Sergio Luís de Freitas, conhecido como Mijão, integrante da Sintonia Final da Rua do PCC e foragido na Bolívia há mais de 19 anos. Os empresários investigados teriam financiado a compra de veículos e armas, além da contratação de pessoas para executar o plano contra o promotor.
O juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas, autorizou as medidas judiciais. O MP informou que um dos empresários mantinha relação direta com a liderança do PCC, buscando dificultar o trabalho das autoridades através da organização do atentado. As investigações continuam para identificar outros envolvidos na trama.
Fonte: http://revistaoeste.com
