Preservação da memória ancestral em Uiramutã

Iniciativas garantem a continuidade da cultura indígena

Preservação da memória ancestral em Uiramutã
Iniciativas do Instituto Omunga em Uiramutã (RR). Foto: Instituto Omunga — Foto: m colorida de Instituto Omunga desenvolve em Uiramutã (RR

Em 4 de novembro de 2025, iniciativas em Uiramutã visam preservar a cultura indígena através do projeto Omunga.

Em 4 de novembro de 2025, Uiramutã, no extremo norte de Roraima, destaca-se como a cidade mais indígena do Brasil, com cerca de 95% da população pertencente a povos originários. No entanto, a migração de jovens e o falecimento de anciãos trazem o risco de perda de saberes tradicionais. Para evitar essa perda, o projeto Omunga tem promovido uma série de iniciativas para preservar a cultura e a memória dos povos indígenas Macuxi, Ingaricó e Patamona.

O projeto Omunga no Monte Roraima nasceu de escuta ativa nas comunidades locais, que pediram o registro de suas memórias e histórias ancestrais. “O projeto foi desenhado com foco no registro de memórias, transformando professores e alunos em autores e guardiões de suas próprias histórias”, afirma Roberto Pascoal, fundador e presidente-executivo do instituto Omunga. Este projeto conta com apoio financeiro do governo federal.

Ações do projeto Omunga

O programa opera em quatro frentes principais: formação de professores, distribuição de livros, produção de documentário e curso online sobre educação indígena. Todos os materiais priorizam autores indígenas da região amazônica. As oficinas presenciais, realizadas no próprio território, abordam temas como mediação de leitura, gêneros literários, mapeamento do acervo cultural, registro de memórias e a relação com o meio ambiente.

Até o momento, mais de R$ 1,25 milhão foram captados através da Lei Rouanet para financiar ações educativas e de preservação cultural na região de Uiramutã. O impacto do instituto se estende além da cidade, com mais de 1.323 professores e 16.845 crianças beneficiados ao longo de 12 anos. Foram distribuídos mais de 18 mil livros e promovidas 480 horas de atividades educativas.

O futuro do projeto

Segundo Pascoal, o instituto tem direcionado esforços para aprofundar suas ações em territórios específicos, buscando gerar “impacto macro em regiões micro”. “A Omunga busca aprofundar a transformação em cada território onde está presente, honrando o sentido de chegar mais longe em quilômetros e mais fundo em humanidade”, conclui.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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