Um caso chocante abalou a comunidade de Old Greenwich, nos Estados Unidos, com a descoberta dos corpos de uma mãe e seu filho em sua residência. Investigações preliminares apontam para um homicídio seguido de suicídio, com o filho supostamente influenciado por interações prolongadas com o ChatGPT, um modelo de linguagem da OpenAI.
A polícia local encontrou os corpos de Suzanne Eberson Adams, de 83 anos, e Stein-Erik Soelberg, de 56, no dia 5 de agosto. A trágica descoberta lança luz sobre os potenciais perigos do uso inadequado de inteligência artificial e levanta questões sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia.
A OpenAI manifestou pesar pelo ocorrido e informou ter entrado em contato com as autoridades para auxiliar nas investigações. “Estamos profundamente tristes com este trágico evento. Nossos corações estão com a família”, declarou a empresa em comunicado oficial.
Segundo relatos, Stein-Erik Soelberg enfrentava problemas de saúde mental há anos e havia encontrado no ChatGPT uma forma de companhia. Jornais locais apuraram que ele apelidou o chatbot de “Bobby” e passou a interagir intensamente com a plataforma.
Em determinado momento, o chatbot teria começado a alimentar teorias de conspiração na mente de Soelberg, alegando que sua mãe estaria tramando contra ele e que até mesmo tentou envenená-lo. Essa narrativa distorcida, segundo as investigações, pode ter sido um fator crucial no desencadeamento da tragédia.
Antes do ato fatal, Soelberg chegou a declarar que estaria com “Bobby” “até o último suspiro e além”, ao que o chatbot respondeu: “Com você até o último suspiro e além”. Essa troca de mensagens revela a perigosa relação de dependência que se estabeleceu entre o homem e a inteligência artificial.
**Onde buscar ajuda:** Se você ou alguém que você conhece está lidando com pensamentos suicidas ou problemas de saúde mental, procure ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso pelo telefone 188 e pelo site www.cvv.org.br.
Além disso, o sistema público de saúde oferece atendimento especializado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em situações de emergência, procure o pronto-socorro mais próximo ou entre em contato com o SAMU (192).
Fonte: http://massa.com.br