Governo busca controle sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito

O governo federal busca recuperar o debate sobre segurança pública ao controlar a CPI do crime organizado, presidida pelo senador Fabiano Contarato.
Em 05 de novembro de 2025, o governo federal consolidou um avanço no Senado ao escolher o senador Fabiano Contarato (PT-ES) para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do crime organizado, uma estratégia para recuperar o debate sobre segurança pública. Esta vitória assegura ao Planalto algum controle sobre uma comissão que surgiu sob pressão da oposição e que poderia representar um foco de desgaste para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A costura para a CPI contou com o empenho da base aliada para evitar reviravoltas na escolha do comando, como ocorreu anteriormente. Contarato, aliado de Lula e ex-delegado da Polícia Civil, pode trazer um tom técnico aos trabalhos, que já aprovou pedidos para ouvir ministros e 11 governadores. A segurança pública voltou ao centro do debate nacional, influenciada por uma megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes e recebeu apoio de 55,2% da população, segundo pesquisa AtlasIntel.
Análise da situação atual
Desde o início do ano, o Planalto tenta aprovar a PEC da Segurança, com o texto ainda travado em comissões. O governo também enviou um projeto chamado “antifacção”, que aumenta as penas de criminosos. Por outro lado, a oposição se mobilizou, criticando a condução da segurança pública pelo governo petista e apontando uma suposta omissão do Executivo.
Reação da oposição e opinião pública
A direita encontrou na megaoperação fluminense um catalisador para reforçar a imagem de eficiência no combate ao crime, ampliando a distância narrativa em relação ao Planalto. A divisão da pauta no Congresso, com a apresentação do projeto da “antifacção” e outro texto sobre Lei Antiterrorismo, evidencia um movimento estratégico da oposição que já reconhece os méritos do projeto do governo.
Próximos passos
Os parlamentares da oposição estão de olho nas eleições de 2026 e temem que Lula saia fortalecido desse cenário. A tentativa de unir os dois textos tende a minimizar os créditos do Executivo e dividir os louros da possível aprovação. Com a segurança pública sendo um dos principais flancos do governo, esta dinâmica no Congresso pode definir a agenda política nos próximos meses.
Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com




