Em meio a uma escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou o risco de um conflito armado, defendendo o diálogo como solução para a crise. Suas declarações contrastam com a crescente presença militar dos EUA na região do Caribe, que a Venezuela considera uma ameaça à sua soberania.
Lula afirmou que o Brasil não tem “contencioso internacional” e que se manterá “do lado da paz”, evitando criticar diretamente o regime de Nicolás Maduro. O presidente sugeriu que representantes dos dois países deveriam buscar uma mesa de negociação para resolver suas divergências, sem mencionar as acusações de envolvimento de Maduro com o narcotráfico.
“Se tem divergência entre duas nações, não tem coisa melhor, mais barata, para se resolver do que sentar em uma mesa de negociação e conversar”, declarou Lula durante entrevista ao SBT News nesta sexta-feira (5), conforme vídeo divulgado.
A crise se intensificou após a interceptação e abate de um barco venezuelano por militares norte-americanos no Caribe, resultando na morte de 11 pessoas. O presidente Donald Trump informou que a embarcação transportava drogas ilegais. Adicionalmente, caças venezuelanos realizaram um sobrevoo considerado “altamente provocativo” próximo a um navio de guerra dos EUA.
Em resposta, Nicolás Maduro anunciou a mobilização da Milícia Nacional Bolivariana para enfrentar o que classifica como “ameaças” dos EUA. A Venezuela critica o envio de navios de guerra, militares e aeronaves americanas para a região, considerando as ações “extravagantes, imorais e absolutamente criminosas”, acentuando a preocupação com a escalada da tensão.
Fonte: http://revistaoeste.com