Uma pesquisa recente do Instituto Sivis, um *think tank* de Curitiba, lança luz sobre um cenário preocupante nas universidades brasileiras: metade dos estudantes evita discussões que possam gerar controvérsia ou represálias.
Temas políticos, inevitavelmente, lideram a lista de assuntos evitados. O receio de hostilização por colegas, linchamento virtual e até mesmo sabotagem acadêmica silencia muitos estudantes, criando um ambiente de autocensura.
Em editorial, o jornal *Estadão* lamenta o “silêncio dos universitários”, criticando a hegemonia da “esquerda iliberal nas humanidades”. O jornal argumenta que a ausência de debate plural mina a formação de lideranças democráticas, transformando a academia em palco para a intolerância.
“A depauperação do debate interno repercute na sociedade: onde a discordância vira ofensa, a política degenera em polarização tóxica”, adverte o *Estadão*. O jornal ainda complementa: “Ao abdicar da liberdade acadêmica, a universidade legitima o populismo que diz combater, abrindo espaço para que demagogos de direita se apresentem como paladinos da ‘verdade proibida’.”
A realidade universitária brasileira, segundo a análise, enfrenta desafios que vão além da infraestrutura precária. A doutrinação ideológica por parte de alguns professores, majoritariamente de esquerda, é apontada como um fator que contribui para a polarização e o silenciamento de vozes dissonantes.
A intolerância ideológica, entretanto, não é exclusividade do Brasil. A influência de modelos europeus, especialmente o francês pós-1968, é mencionada como um fator de contaminação. Nos Estados Unidos, a reação à guerra entre Israel e Hamas expôs a atuação da esquerda em instituições de ensino, fomentando ideologias ultrapassadas e antissemitismo.
Diante desse panorama, resta aos estudantes universitários buscar formas de navegar nesse ambiente complexo e polarizado. A recomendação final é clara: concluir o curso o mais rápido possível, mantendo a discrição para evitar conflitos desnecessários.
Fonte: http://revistaoeste.com
