A blindagem automotiva está passando por uma revolução, com a terceira geração de tecnologias oferecendo mais segurança com menos peso. Alfredo Capopizza, fundador da 1021 Blindagens, detalhou os avanços no programa Oeste Negócios, destacando o uso da fibra aramida como um divisor de águas no setor.
Essa nova geração de blindagem se distancia dos métodos tradicionais que utilizavam aço em larga escala. “A primeira geração de blindagem trabalhava com aço em todo lugar”, explica Capopizza. “A segunda geração já tem uma mistura de manta e aço. A terceira geração de blindagem tem mais aramida, produtos de ponta, produtos unidirecionais.” Essa mudança de materiais resulta em uma redução significativa de peso, impactando positivamente a dirigibilidade dos veículos.
A aramida, uma fibra sintética de alta resistência e baixo peso, é agora aplicada em áreas cruciais da carroceria, como teto, portas e painéis. Essa substituição estratégica não apenas alivia o peso total do veículo, mas também minimiza o impacto no centro de gravidade e na frenagem, proporcionando uma experiência de direção mais próxima da original. “Hoje, com duas pessoas no carro, é praticamente neutro”, afirma Capopizza. “A frenagem é muito similar, você faz curva sem perder a traseira, sem perder a frente, faz curvas lineares. Não tem grandes mudanças de performance.”
O mercado brasileiro de blindagem tem demonstrado um crescimento notável, com um recorde de 34 mil veículos blindados em 2024, segundo a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). São Paulo lidera o ranking com quase 85% dos serviços, seguido pelo Rio de Janeiro e Ceará. Esse aumento na demanda reflete a crescente preocupação com a segurança e a busca por proteção individual.
A preferência por blindagem também se estende à escolha das marcas de veículos. De acordo com a Abrablin, Toyota, Jeep, BMW, Volkswagen e BYD foram as marcas mais procuradas para receber o serviço de blindagem no último ano. A tendência é que, uma vez que o cliente experimenta a segurança da blindagem, ele busca estender essa proteção para outros veículos da família, impulsionando ainda mais o crescimento do setor.
Fonte: http://revistaoeste.com
