Pesquisa revela que quase metade da população não entende o propósito do evento

Uma pesquisa do Instituto Ipsos mostra que quase 50% dos brasileiros não compreendem o propósito da COP30, que ocorrerá em Belém, a partir de 10 de novembro de 2025.
Em Belém, no Pará, no dia 10 de novembro de 2025, terá início a COP30, primeiro evento do tipo a ser realizado no Brasil. Apesar da importância, uma pesquisa do Instituto Ipsos revelou que quase 50% da população brasileira não entende o propósito da conferência. Apenas 52% dos entrevistados sabem que a COP é uma reunião destinada a discutir ações contra as mudanças climáticas, enquanto 48% permanecem sem informação sobre o assunto.
Expectativas e conhecimento sobre o evento
O levantamento, que entrevistou 23.700 pessoas em 30 países entre 20 de junho e 4 de julho de 2025, mostrou que apenas 35% dos brasileiros estão cientes de que a conferência ocorrerá em Belém. Essa taxa coloca o Brasil em uma posição favorável, já que no cenário global, apenas 12% das pessoas sabem onde o evento será sediado. Essa falta de conhecimento pode refletir uma falha na divulgação e na cobertura midiática sobre a COP30.
Comparações internacionais
Os dados também indicam que países que já sediaram conferências semelhantes demonstram maior compreensão do evento, como a Alemanha, com 64%, e a França e o Reino Unido, ambos com 59%. A pesquisa observou que a maioria dos brasileiros (49%) tem expectativas baixas, considerando que a COP30 será meramente simbólica. Por outro lado, 41% esperam resultados positivos. Os jovens, especialmente da Geração Z, são os mais otimistas, com 45% acreditando na eficácia do evento.
Barreiras e desafios percebidos
Márcia Cavallari, diretora do Ipsos, destaca que a juventude e os habitantes de países do Sul Global podem enxergar as medidas climáticas como essenciais para o futuro, resultando em uma visão mais positiva. No entanto, as principais barreiras percebidas incluem a falta de vontade política (42%), fiscalização insuficiente contra desmatamento e poluição (34%) e a falta de financiamento para iniciativas ambientais (31%).
Com informações do Estadão Conteúdo


