Entenda as reações químicas e fisiológicas do amor

A paixão provoca mudanças fisiológicas e químicas no cérebro, resultando em euforia e obsessão. Entenda o que acontece durante esse estado emocional.
Muitas pessoas acreditam que a vida fica mais bonita quando a gente se apaixona. Em 8 de outubro de 2023, o que acontece no cérebro quando nos interessamos por alguém é um tema fascinante, que provoca euforia, melhora o humor e traz mais disposição. Entre os sintomas, estão a aceleração dos batimentos cardíacos, o frio na barriga e mudanças fisiológicas como sudorese nas mãos e pensamentos obsessivos em relação ao parceiro.
Esse tema intrigou a antropóloga americana Helen Fischer, que conduziu um estudo na State University of New York para determinar o que acontece no cérebro dos apaixonados. Os participantes, que não podiam estar deprimidos, eram submetidos a um exame de ressonância magnética enquanto olhavam fotos de suas amadas e de conhecidos.
A química do amor
Três substâncias principais geram as sensações típicas do amor romântico: dopamina, norepinefrina e serotonina. A dopamina é o hormônio da paixão, responsável pela aceleração do coração e pela sensação de êxtase. Segundo a professora Maria Borges, da UFSC, a dopamina concentra a atenção no objeto de desejo, reduzindo a capacidade de perceber falhas.
A norepinefrina, por sua vez, é responsável pela energia e vitalidade, fazendo com que, mesmo em um trabalho desgastante, a pessoa se sinta animada. Já a serotonina apresenta uma queda, dificultando a aceitação de rejeições e levando a comportamentos obsessivos.
Amor como vício
Pesquisadores apontam que os sintomas da paixão são semelhantes aos de dependência química, incluindo euforia e fissura. O amor é visto como um vício natural, considerado positivo e crucial para a sobrevivência da espécie. O amor romântico evoluiu como um mecanismo de perpetuação, incentivando a formação de pares e a reprodução, refletido em várias culturas ao longo da história.
Por fim, o amor é um fenômeno incontrolável que pode afetar até os mais racionais. Investir em autoconhecimento e inteligência emocional pode ajudar a manter a sanidade quando a paixão chega.



