Deputado licenciado poderia votar remotamente, mas não participou da sessão

Eduardo Bolsonaro, deputado federal, não participou da votação do Projeto de Lei da Anistia. Ele alegou problemas técnicos, apesar de estar nos EUA.
Eduardo Bolsonaro se ausenta em votação da anistia
Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL-SP e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não participou da votação do requerimento de urgência do Projeto de Lei da Anistia em 18 de setembro de 2025, alegando problemas técnicos. Apesar de estar nos Estados Unidos desde fevereiro, o parlamentar poderia ter votado remotamente, uma vez que a sessão da Câmara dos Deputados era semipresencial.
Eduardo, que tirou 120 dias de licença por “tratamento de saúde”, já acumula 23 faltas em sessões desde o fim do afastamento. A Constituição prevê a cassação de mandato para parlamentares que faltarem a mais de um terço das sessões ordinárias, exceto em casos de licença ou missão oficial. A mobilização pela aprovação do projeto cresceu nas últimas semanas, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, determinada pelo STF.
Mobilização e liderança na Câmara
Na terça-feira (16), o PL nomeou Eduardo como novo líder da minoria na Câmara, substituindo a deputada Caroline de Toni, que renunciou ao posto. Caroline comunicou sua decisão em redes sociais, desejando sucesso ao novo líder. Nos bastidores, a mudança é vista como uma estratégia para proteger Eduardo de potenciais processos por quebra de decoro devido às suas ausências.
Justificativa e próximos passos
Nas redes sociais, o deputado manifestou sua intenção de enviar um ofício formal ao presidente da Câmara, Hugo Motta, comunicando seu voto e justificando sua ausência. Essa ação pode ser uma tentativa de manter sua influência política, mesmo à distância, e de se proteger legalmente diante das crescentes preocupações sobre sua participação nas votações.