Deputado quer investigar a COP30 por supostas irregularidades

Líder da oposição articula CPMI para apurar denúncias sobre evento climático

Deputado quer investigar a COP30 por supostas irregularidades
Diante do agravamento das denúncias, o deputado retomou a coleta de assinaturas para a instalação da CPMI. Foto: Jovem Pan

Deputado Luciano Zucco articula CPMI para investigar supostas irregularidades na COP30, destacando desperdícios e má gestão.

O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) está articulando a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar supostas irregularidades na organização da COP30. Em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta segunda-feira (10), Zucco classificou os preparativos para o evento como um verdadeiro “escândalo” e um “símbolo de desperdício, má gestão e corrupção internacionalizada”.

No centro das denúncias está a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), uma ONG espanhola contratada pelo governo federal para organizar eventos relacionados à cúpula climática. Segundo o deputado, a OEI já recebeu cerca de R$ 1 bilhão em contratos sem licitação, através de um mecanismo de “cooperação técnica internacional”.

Luiz Zucco afirma que, apesar dos altos valores envolvidos, a organização de eventos prévios à COP30 tem se mostrado um “verdadeiro fiasco”, com estruturas precárias e preços abusivos. O parlamentar aponta que a OEI atua como uma “atravessadora de contratos públicos”, subcontratando “empresas amigas do governo” e retendo taxas de até 10% sobre os valores.

Em março, ele já havia protocolado uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU), pedindo a suspensão dos repasses e a investigação do esquema. De acordo com Zucco, o processo, sob relatoria do ministro Bruno Dantas, já apontou “fortes indícios de sobrepreço”.

Com o agravamento das denúncias, o deputado retoma a coleta de assinaturas para a instalação da CPMI, afirmando já contar com cerca de 100 apoios. “Nós vamos até o fim nessa investigação, porque o dinheiro público é sagrado e quem usa ele de forma criminosa precisa ser responsabilizado”, finalizou.

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