Movimentação do Pix alcança R$ 15 trilhões no primeiro semestre

Dados do Banco Central mostram crescimento significativo do sistema

Movimentação do Pix alcança R$ 15 trilhões no primeiro semestre
Movimentação do Pix alcança R$ 15 trilhões no primeiro semestre. Foto: Metrópoles — Foto: m colorida ilustrativa de Pix – Metrópoles

O Pix movimentou R$ 15 trilhões no primeiro semestre de 2025, consolidando-se como a principal forma de pagamento no Brasil.

O Pix movimentou R$ 15 trilhões no primeiro semestre de 2025, consolidando-se como a principal forma de pagamento no Brasil. Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira (10/11), o sistema é responsável por metade das transações de pagamento realizadas no país, totalizando 36,9 bilhões de operações, um aumento de 27,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Entre as transações processadas pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), que é operado pelo Banco Central, 45% ocorreram entre pessoas físicas e 42,1% entre consumidores e empresas. O uso do Pix também começa a substituir saques em dinheiro, com o Pix Saque crescendo 36,2%, alcançando 7,7 milhões de transações no primeiro semestre.

Os dados mostram que, ao todo, os brasileiros realizaram 72,5 bilhões de transações de pagamento, o que movimentou R$ 59,7 trilhões entre janeiro e junho de 2025. Este número representa uma alta de 15,2% na quantidade de operações e 14,5% em valor financeiro frente ao primeiro semestre de 2024.

O crescimento do Pix demonstra que o instrumento, lançado em 2020, se consolidou como a principal ferramenta de pagamento no país. Hoje, ele responde por 50,9% de todas as operações realizadas. O cartão de crédito, por sua vez, continua a ser o que mais movimenta dinheiro entre os tipos de pagamento, somando 243 milhões de cartões ativos no Brasil.

A forma de pagamento por aproximação também está em alta, já sendo a maioria entre os cartões pré-pagos (63,2%) e quase metade das operações com crédito (37,5%) e débito (47,2%). Os pagamentos online também tiveram um crescimento considerável, com 21,9% das transações com cartão de crédito realizadas pela internet no segundo trimestre de 2025.

Apesar do domínio do Pix em número de transações, o maior volume financeiro ainda está nas transferências via TED, que responderam por 37,1% de todo o valor movimentado no semestre, enquanto o Pix vem logo atrás, com 26,5%. Outros instrumentos, como boletos bancários, cresceram 4,6% e representaram 8,1% do volume total.

Os saques tradicionais diminuíram 12,7% no semestre, refletindo a mudança no comportamento do consumidor brasileiro, que prefere transações digitais. O uso de dinheiro em espécie está em queda, com recuos em todos os canais de saque, incluindo agências e caixas eletrônicos. As tarifas médias de intercâmbio (TIC) também se mantiveram próximas aos limites estabelecidos pelo Banco Central, com taxas de débito em 0,50%, pré-pago em 0,70% e crédito em 1,68%.

Esse aumento no crédito é atribuído à expansão dos cartões premium, como platinum e black, que cobram taxas mais altas, evidenciando uma mudança no perfil de consumo. Ao mesmo tempo, as taxas de desconto cobradas dos lojistas têm diminuído, reforçando a tendência de preferência por pagamentos digitais, mais rápidos e eficientes.

O comportamento dos consumidores continua a se adaptar a essas novas realidades, com os pagamentos recorrentes, como assinaturas de serviços, representando 10,2% das transações no crédito, um aumento em relação ao ano anterior. O cenário atual mostra um Brasil em transformação, onde a tecnologia está moldando a forma como os brasileiros realizam suas transações financeiras.

Notícia feita com informações do portal: www.metropoles.com

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