Entenda as ações globais para conter o aquecimento e os desafios do Acordo de Paris
Entenda as medidas do Acordo de Paris e os desafios enfrentados para conter o aquecimento global.
Acordo de Paris e seu impacto no clima global
O Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP21, representa um marco crucial nas ações globais para conter o aquecimento global. Este acordo compromete as nações a limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C até o final do século. A crise climática se agrava, e as lições aprendidas de acordos anteriores, como o Protocolo de Kyoto, ressaltam a urgência da situação. Segundo Telma Krug, ex-vice-presidente do IPCC, sem o Acordo de Paris teríamos uma projeção de aumento de 4°C atualmente.
Desafios e metas do Acordo
Embora o Acordo tenha promovido a redução das emissões de gases de efeito estufa, ainda estamos longe das metas necessárias. As emissões globais seguem uma trajetória alarmante, apontando para um aumento de 2,8°C. As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são promessas de cada país para reduzir suas emissões, têm tido baixa taxa de cumprimento. Atualmente, a temperatura média global já alcançou 1,3°C, afetando regiões como a Amazônia, que reporta aumentos superiores a 2°C. Isso resulta em eventos climáticos extremos e crises humanitárias.
A COP30 e novas metas
A COP30, que ocorrerá em breve, será fundamental para a renovação das NDCs. Mais de 100 países deverão apresentar planos mais ambiciosos, com foco em aumento da capacidade de energia renovável e redução das emissões de metano. O Brasil, apesar de ter uma matriz energética limpa, enfrenta desafios como o desmatamento e as emissões de setores como transporte e indústria. O país tem potencial para crescer de forma sustentável, mas deve combater o desmatamento, especialmente na Amazônia.
Revolução energética e desafios
Estamos vivendo uma revolução energética, com a energia solar e eólica se tornando mais acessíveis. O Brasil, com seu potencial, pode se tornar um grande exportador de hidrogênio verde. Entretanto, a transição energética enfrenta desafios, principalmente em países desenvolvidos, onde a dependência de fontes tradicionais é alta. A infraestrutura e a tecnologia são essenciais para avançar em uma economia de baixo carbono.
Impactos econômicos da crise climática
A crise climática já gera perdas econômicas significativas, com custos que superam centenas de bilhões de dólares anualmente. No Brasil, desastres como a tragédia no Rio Grande do Sul em 2024, que causou prejuízos superiores a 30 bilhões de reais, mostram a urgência de ações preventivas. O aumento da temperatura está matando mais pessoas do que doenças respiratórias, evidenciando a necessidade de adaptação.
Ações para o futuro
O futuro do planeta está em jogo. Se não forem tomadas medidas drásticas, o aquecimento pode ultrapassar 1,5°C, resultando em impactos irreversíveis. A COP30 será um teste crucial para avaliar se o mundo está preparado para agir de maneira concreta e imediata ou se permanecerá paralisado pela inação e falta de compromissos efetivos. A prevenção e a adaptação são essenciais para garantir um futuro sustentável e seguro para todas as populações.
