Paulo Gonet menciona medidas letais em julgamento no STF envolvendo militares

Gonet denuncia ameaças de um grupo que planejava atacar autoridades no STF.
Procurador alerta sobre grupo armado contra autoridades
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que um grupo conhecido como “kids pretos” colocou autoridades públicas na mira de medidas letais. Esta declaração ocorreu em meio ao julgamento dos réus do núcleo 3 da trama golpista, que tentaram pressionar o alto comando do Exército para realizar um golpe de Estado.
Gonet enfatizou que o grupo não apenas planejou ações violentas, mas também buscou convocar forças militares para apoiar suas intenções criminosas. De acordo com o procurador, os réus estavam cientes de que a narrativa de fraude eleitoral, usada para justificar suas ações, era falsa. “Uma série de diálogos recolhidos nas investigações mostra que os réus estavam advertidos da lisura do processo eleitoral”, afirmou Gonet.
Composição do núcleo 3
O núcleo 3 envolve dez réus, entre eles nove militares do Exército e um agente da Polícia Federal. Os principais acusados incluem:
- Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército)
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército)
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército)
- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército)
- Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército)
- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército)
- Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército)
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército)
- Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)
Dos dez acusados, nove respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, deterioração do patrimônio público e dano ao patrimônio tombado. A denúncia contra Ronald Ferreira de Araújo Júnior foi atenuada para incitação ao crime.
Implicações das declarações de Gonet
As afirmações de Gonet não apenas expõem a gravidade da situação, mas também levantam preocupações sobre a segurança das autoridades públicas. O procurador ressaltou que o plano do grupo incluía o assassinato de importantes figuras políticas, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes do STF. Essas ameaças demonstram um nível alarmante de extremismo dentro de setores das forças armadas e da segurança pública.
O papel das autoridades
As autoridades estão agora sob pressão para garantir a segurança das figuras públicas mencionadas, especialmente em um contexto onde a polarização política continua a crescer. O julgamento e suas implicações destacam a importância de uma resposta robusta e coordenada por parte do governo e das instituições de segurança pública para proteger a democracia e garantir a segurança de todos os cidadãos.
As declarações de Gonet representam um alerta sobre a necessidade de vigilância contínua contra ameaças à ordem democrática no Brasil.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Reprodução/TV Senado




