Expectativas de corte de juros em janeiro aumentam entre economistas

Análise da ata do Copom sugere possíveis mudanças na política monetária

Expectativas de corte de juros em janeiro aumentam entre economistas
Foto: REUTERS/Adriano Machado

Economistas analisam ata do Copom e indicam possibilidade de cortes na taxa de juros a partir de janeiro.

A recente ata da reunião do Copom, divulgada em 11 de outubro, trouxe informações que alimentam as expectativas de um corte de juros em janeiro de 2026. Economistas como Rodolfo Margato, da XP, destacam que o documento sinaliza uma possível flexibilização da política monetária, embora a Selic permaneça em 15% por enquanto. A análise da ata revela uma preocupação com as expectativas de inflação e uma atividade econômica que continua a mostrar desaceleração moderada.

Análise da ata do Copom e suas implicações

A ata menciona que o Copom decidiu manter os juros inalterados, mas com uma maior convicção de que a taxa atual é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta. Margato avalia que, apesar da manutenção, há um espaço aberto para cortes em março, com uma projeção de redução de 0,50 ponto percentual por cortes consecutivos, culminando em uma Selic de 12% até o final de 2026.

Repercussão entre os economistas

Outros economistas, como Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, concordam com a análise de Margato e afirmam que a ata confirmou um tom menos restritivo. Ela acredita que a isenção do Imposto de Renda já está considerada nas projeções do Copom, o que diminui os riscos de alta nas projeções de inflação. Tatiana anunciou uma mudança na expectativa de início dos cortes, que foi adiada de dezembro para janeiro.

Expectativas de mercado e possíveis cenários

O Itaú, por meio de seu economista-chefe Mario Mesquita, também destaca que o mercado está cada vez mais otimista quanto ao início do ciclo de cortes de juros já no próximo mês. No entanto, para que isso se concretize, ajustes na comunicação do Banco Central serão necessários. A análise sugere que a ata demonstra um Comitê confiante em relação à sua capacidade de controlar a inflação.

Atenção às medidas de estímulo

O economista André Valério, do Inter, ressalta que as medidas de estímulo podem impactar a dinâmica da demanda agregada e que, mesmo com as novas políticas, o Copom não prevê grandes alterações em seu cenário. Assim, há uma expectativa de que, na reunião de janeiro, o Copom possa sinalizar um corte de 25 pontos base, caso a inflação esteja ancorada dentro da meta.

Considerações finais sobre a política monetária

Embora haja um otimismo crescente no mercado sobre a possibilidade de cortes, economistas como Daniela Lima, da Kinea, adotam uma posição mais cautelosa, argumentando que uma combinação muito favorável de fatores seria necessária para justificar um corte em janeiro. Por outro lado, a maioria dos especialistas concorda que o cenário atual é propício para uma revisão da política monetária nos próximos meses, com a expectativa de que o Copom inicie um ciclo de cortes em breve.

A ata do Copom reafirma a necessidade de monitorar os efeitos das novas políticas econômicas e a evolução da inflação, enquanto os economistas continuam a debater sobre a melhor abordagem para os próximos meses.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: REUTERS/Adriano Machado

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