Mercados reagem a ajustes e lucros realizados com a alta do dólar
Após cinco quedas consecutivas, o dólar se valoriza enquanto o Ibovespa interrompe sua sequência de recordes.
Dólar se valoriza após queda e Ibovespa interrompe altas
O dólar se valorizou nesta quarta-feira (12), encerrando a sessão em alta de 0,38%, a R$ 5,2932, após cinco pregões consecutivos de queda, onde acumulou uma desvalorização de 2,33%. Apesar de uma leve alta na moeda americana no exterior, especialmente em comparação com divisas latino-americanas, o real escorregou devido a ajustes nos mercados domésticos. A moeda norte-americana atingiu sua máxima do dia a R$ 5,3028 antes de fechar abaixo desse patamar.
Movimentação do dólar no mercado
Os operadores do mercado financeiro indicam que a alta do dólar foi impulsionada, em parte, pela recente queda do petróleo, que caiu cerca de 4%. Essa situação sugere uma possível saída de capital externo da bolsa, levando à realização de lucros. A queda pontual do dólar no início dos negócios foi rapidamente revertida, e a moeda permaneceu em terreno positivo ao longo do dia. A desvalorização acumulada do dólar em novembro é de 1,62%, após uma alta de 1,08% em outubro, refletindo um ano com perdas de 14,3% até o momento.
Ibovespa e a realização de lucros
O índice Ibovespa, que registrou 15 pregões consecutivos de alta, sendo 12 deles com recordes de fechamento, também apresentou uma leve baixa de 0,07%, encerrando o dia aos 157.632,90 pontos. O giro financeiro foi de R$ 38,4 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice. Apesar da queda, o Ibovespa ainda avança 2,32% na semana e 5,41% no mês, com um impressionante crescimento de 31,05% no ano.
Desempenho das ações
Entre os principais bancos, o dia foi negativo, exceto para o Bradesco ON, que teve uma leve alta de 0,24%. O Banco do Brasil, por outro lado, cedeu 2,85%. A Taesa destacou-se com um ganho de 5,77%, impulsionada pela divulgação de resultados positivos no terceiro trimestre. Outras ações que se destacaram foram CSN e B3, com altas de 5,05% e 4,36%, respectivamente. No lado oposto, CVC apresentou uma queda de 8,33%, junto a PetroReconcavo e Cosan, que caíram 5,08% e 4,04%, respectivamente.
O que esperar dos próximos dias
Com a atenção dos investidores voltada para as falas de dirigentes do Federal Reserve e a votação na Câmara dos Representantes dos EUA, que visa encerrar a paralisação parcial do governo, o mercado deverá continuar em movimento de ajustes. As próximas semanas serão cruciais para a definição do rumo das moedas e do índice B3, com a expectativa de novas reações diante de resultados financeiros e indicadores econômicos.
Com informações do Estadão Conteúdo
