Arilson Chiorato debate com Procurador Geral sobre os perigos da entrega de dados ao setor privado

Deputado Arilson Chiorato discute com o MP-PR os riscos da privatização da Celepar e a segurança dos dados dos paranaenses.
Deputado Arilson Chiorato discute a privatização da Celepar e os riscos à soberania digital
Nesta quarta-feira (12), o Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Arilson Chiorato (PT), se reuniu com o procurador-geral de Justiça do MP-PR, Francisco Zanicotti, para discutir as preocupações em relação ao processo de privatização da Celepar. O foco da reunião foi a segurança dos dados dos paranaenses, que pode ser comprometida pela entrega da empresa pública ao setor privado.
Durante o encontro, que contou também com a presença de outros integrantes do Ministério Público, Chiorato reiterou as preocupações que já havia apresentado na tribuna da Assembleia Legislativa. Ele mencionou as manobras do governo para avançar com a privatização mesmo após o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) suspender o processo.
Irregularidades e riscos apontados
O deputado destacou quatro empresas que demonstraram interesse na compra da Celepar: ViaSoft, CiX Experience Paraná, Valid Soluções e Fundo Via Láctea. Todas elas estão sob suspeita de irregularidades e vínculos políticos. Chiorato enfatizou que a proposta de venda representa um risco à proteção das informações dos paranaenses e à gestão de serviços essenciais, como saúde e educação.
“A reunião com os integrantes do MP-PR foi muito produtiva. Tive a oportunidade de apresentar os riscos que envolvem a entrega de dados pessoais e estratégicos do Estado”, declarou o parlamentar, que preside o Partido dos Trabalhadores no Paraná.
Celepar e sua importância para a tecnologia pública
Chiorato ressaltou que a Celepar é uma das maiores empresas de tecnologia pública do Brasil, sendo a segunda maior, atrás apenas do Serpro. Ele alertou que a privatização coloca em risco o coração tecnológico do Paraná e a segurança dos dados estratégicos. O procurador-geral Zanicotti concordou com a preocupação e destacou a relevância do tema, considerando a ligação de parte das atividades da Celepar à segurança e à soberania do Estado.
A perspectiva dos trabalhadores
Jonsue Martins, representante do Comitê dos Trabalhadores contra a Privatização da Celepar, também esteve presente na reunião e reforçou os alertas sobre os impactos negativos da desestatização. Ele argumentou que setores como segurança, saúde e tecnologia da informação não devem ser entregues à iniciativa privada, pois isso compromete o interesse público. “Viveremos um debate mundial sobre a invasão das Big Techs e o controle de dados. Não podemos abrir mão da nossa soberania digital”, disse Chiorato.
Investigação do MP-PR e ações judiciais
O Ministério Público do Paraná instaurou um inquérito civil para investigar a desestatização, após o TCE-PR ter apontado irregularidades no processo e suspender a venda no dia 11 de setembro. No âmbito nacional, foi acolhida uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta por PT e PSOL, contestando a lei que autoriza a privatização da Celepar.
A função da Celepar e seus serviços
A Celepar é responsável pela manutenção de sistemas utilizados em áreas críticas, como saúde, segurança e educação. A privatização pode transferir esse controle para empresas com foco em lucro, o que representa um risco para a continuidade e segurança dos serviços. Chiorato concluiu que os paranaenses confiam seus dados ao Estado e não a fundos de investimento, reiterando a necessidade de garantir segurança e transparência na gestão das informações sensíveis.
Fonte: www.assembleia.pr.leg.br
Fonte: Divulgação/Assessoria Parlamentar



