Diferença salarial entre homens e mulheres diminui para 15,8% em 2023

Estudo do IBGE revela que desigualdade salarial entre gêneros apresentou leve queda em comparação a 2022

Diferença salarial entre homens e mulheres diminui para 15,8% em 2023
Ilustração sobre desigualdade salarial. Foto: Plano Nacional

Dados de 2023 mostram que homens ganharam 15,8% a mais que mulheres, com redução da diferença em relação a 2022.

Diferença salarial entre homens e mulheres em 2023

Em 2023, a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil foi de 15,8%, conforme dados do IBGE. Os homens receberam, em média, R$ 3.993,26, enquanto as mulheres tiveram um salário médio de R$ 3.449,00, resultando em uma discrepância de R$ 544,26 por mês. Isso significa que as mulheres ganhavam apenas 86,4% do que os homens recebiam, indicando uma leve melhoria em relação a 2022, quando a diferença era de 17%.

Análise detalhada dos dados do IBGE

Esse levantamento foi publicado no relatório Estatísticas do Cadastro Central de Empresas, revelando informações relevantes sobre a evolução do mercado de trabalho no Brasil. De acordo com o IBGE, a pesquisa abrange 10 milhões de empresas e organizações ativas, sendo que 79,8% dos 66 milhões de ocupados eram assalariados. Este total representou um crescimento de 5,1% em relação ao ano anterior.

Salário médio e desigualdade entre gêneros

O salário médio geral em 2023 foi de R$ 3.745,45, com um aumento de 2% em comparação a 2022. Entretanto, a discrepância salarial entre gêneros não é analisada dentro da mesma função, mas sim no total de rendimentos das empresas. Apesar de 54,5% dos assalariados serem homens, eles receberam 58,1% da totalidade dos salários pagos, enquanto as mulheres, que compõem 45,5% dos assalariados, obtiveram apenas 41,9%.

Setores com maior participação masculina e feminina

Ao analisar as atividades econômicas, o IBGE constatou que 19,4% dos homens estão empregados na indústria de transformação, seguidos por setores como comércio e administração pública. Por outro lado, 19,9% das mulheres trabalham na administração pública, com forte presença também no comércio e serviços de saúde. A construção civil é o setor com maior concentração masculina, com 87,4% dos assalariados sendo homens.

Impacto da formação acadêmica na remuneração

O levantamento também revelou que 76,4% dos assalariados não possuem nível superior, enquanto aqueles que têm formação universitária recebem, em média, R$ 7.489,16, três vezes mais que os sem diploma (R$ 2.587,52). As áreas com maior percentual de trabalhadores com ensino superior incluem educação e serviços financeiros, enquanto setores como alojamento e alimentação apresentam alta taxa de trabalhadores sem formação.

*Com informações da Agência Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *