Ministério da Fazenda prevê crescimento do PIB a 2,2% e inflação de 4,6% em 2025

Revisão das Expectativas de Crescimento e Inflação para 2025
O Ministério da Fazenda anunciou a revisão para baixo das suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação para 2025. No boletim divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) nesta quinta-feira, as novas estimativas indicam um crescimento do PIB de 2,2%, uma leve queda em relação à previsão anterior de 2,3% feita em setembro. Para 2026, a expectativa de crescimento permanece em 2,4%.
Diretrizes da Política Econômica
A Fazenda também projetou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar este ano com uma alta de 4,6%, uma redução em comparação ao avanço de 4,8% que era previsto anteriormente. Para 2026, a expectativa é que a inflação se estabeleça em 3,5%, contra 3,6% estimados anteriormente, com uma projeção de atingir 3,2% no segundo trimestre de 2027, uma fase crucial para a política monetária.
Impactos da Política Monetária
De acordo com a pasta, a revisão para um crescimento mais fraco está diretamente relacionada à diminuição das previsões para a atividade econômica no terceiro trimestre, influenciada pelo alto patamar dos juros reais. Essa política monetária restritiva tem gerado um impacto significativo nas previsões de fechamento do ano. A secretaria também observou que, sem a injeção de alguns fatores, como o pagamento de precatórios pelo governo em julho e o aumento das concessões de crédito consignado, a desaceleração poderia ser ainda mais acentuada.
Expectativas para o Setor Agropecuário
Para 2026, a SPE espera uma desaceleração da atividade agropecuária, que deve ser compensada por uma expectativa de expansão mais robusta nos setores industrial e de serviços. A Fazenda destacou que a atividade agropecuária enfrentará desafios, mas a melhoria na performance da indústria e serviços poderá equilibrar essas perdas.
Projeções de Inflação e Balanço de Tarifas
A expectativa de uma inflação mais baixa também se deve a diversos fatores, incluindo a valorização do real, a menor inflação no atacado agropecuário e industrial, além do excesso de oferta de bens no mercado global, reflexo de tensões comerciais. A Fazenda também indicou que a projeção para o IPCA considera uma bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro, prevendo custos menores para os consumidores em comparação à bandeira vermelha atualmente vigente. Essa bandeira é definida pela Aneel, a agência reguladora do setor elétrico, com base nas condições da geração de energia.
Com essas revisões, o Ministério da Fazenda busca alinhar suas expectativas com a realidade econômica atual, levando em conta os desafios e oportunidades que se apresentam no cenário nacional e internacional.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil




