A gigante varejista Americanas anunciou o fechamento de 112 lojas em todo o Brasil entre janeiro e setembro deste ano, sinalizando uma reestruturação significativa em suas operações. A medida, que impactou 51 unidades convencionais e 61 do modelo express, representa uma retração de 6,4% na área total de vendas da empresa. A justificativa oficial é que as lojas encerradas não atendiam aos critérios mínimos de viabilidade econômica.
No terceiro trimestre, a empresa acelerou o processo, fechando 55 unidades. Segundo a Americanas, essa ação faz parte de uma estratégia de readequação do portfólio, buscando maior eficiência operacional. Além dos fechamentos, a companhia também está redimensionando espaços com baixa ocupação, visando otimizar custos e manter as vendas.
A reestruturação ocorre em um momento de queda expressiva nos resultados financeiros da empresa. O lucro líquido da Americanas despencou 96,4% no terceiro trimestre, alcançando R$ 367 milhões em comparação com o mesmo período de 2024. O volume bruto de mercadorias (GMV) vendido no canal digital também apresentou queda significativa, registrando R$ 167 milhões, o que representa um recuo de 74,6% em relação ao ano anterior.
Em contrapartida, o GMV das lojas físicas se manteve estável, totalizando R$ 3,4 bilhões. No entanto, o volume bruto de vendas consolidado, incluindo os canais físico e digital, apresentou uma queda de 11,6%, fechando o trimestre em R$ 3,7 bilhões. A empresa atribui a retração à decisão estratégica de reduzir o peso do marketplace e focar em uma operação digital integrada ao modelo de loja, priorizando a omnicanalidade.
Apesar dos desafios, a Americanas acredita que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase operacional, focada no fortalecimento da atividade varejista. A empresa busca otimizar a experiência do cliente, combinando os ambientes online e físico, com foco na conveniência e capilaridade. A Americanas informa manter uma base de aproximadamente 45 milhões de clientes ativos.
