A Casa Imperial do Brasil se manifesta sobre o feriado de Proclamação da República

A Casa Imperial do Brasil se posiciona contra a comemoração do 15 de Novembro, considerando-o um golpe.
A posição da Casa Imperial sobre o 15 de Novembro
Neste sábado (15/11), a Casa Imperial do Brasil se manifestou em suas redes sociais, relembrando a data que marca a Proclamação da República. Para a família imperial, a queda da monarquia não é uma razão para celebração, mas sim um evento que deve ser encarado com seriedade. A declaração da Casa ressalta que, há 136 anos, o país vivenciou um golpe que derrubou Dom Pedro II sem consulta popular.
O contexto histórico do golpe de 1889
Historiadores classificam a Proclamação da República como um golpe, pois ocorreu de maneira súbita, sem a participação da população. Os setores do Exército e a elite política insatisfeita articularam a transição ao novo regime, desconsiderando as vias constitucionais. Apesar de ser celebrada oficialmente como um marco de modernização, a ruptura da monarquia ocorreu por meio de uma força militar, derrubando aqueles que defendiam a monarquia.
A história da Casa Imperial do Brasil
A Casa Imperial, originária da Casa de Bragança de Portugal, governou o Brasil de 1822 a 1889. Durante esse período, Dom Pedro I e Dom Pedro II foram figuras centrais na história do país. Após a Proclamação da República, a dinastia se dividiu em ramos, destacando-se Vassouras e Petrópolis, que disputam até hoje a liderança da Casa Imperial.
Os descendentes da Casa Imperial
Atualmente, o ramo de Vassouras é representado por Dom Bertrand de Orléans e Bragança, enquanto Petrópolis reconhece Dom Pedro Carlos como seu chefe. Entre os descendentes, Dom Rafael Antonio Maria José Francisco Miguel Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança é um dos mais novos representantes da família, conectado a D. Pedro II e à imperatriz Teresa Cristina. Formado em Engenharia de Produção pela PUC-Rio, Dom Rafael atua em uma consultoria internacional, mas mantém laços com o Brasil e participa de eventos culturais e históricos relacionados à monarquia.
A falta de reconhecimento legal
Apesar da relevância histórica da Casa Imperial, não há reconhecimento legal ou base oficial na atual República brasileira. Os títulos dinásticos são considerados de natureza familiar e simbólica, sem respaldo jurídico. A Casa Imperial do Brasil continua a preservar a memória de um período significativo da história nacional, mesmo sem a legitimidade que antes possuía.
Considerações finais sobre o 15 de Novembro
A manifestação da Casa Imperial neste 15 de Novembro reflete não apenas uma visão histórica, mas também um sentimento de continuidade da tradição monárquica no Brasil. Para a família imperial, a data é um lembrete da perda de um regime que, segundo eles, trouxe estabilidade e prosperidade ao país. Assim, a Casa Imperial reafirma sua posição e busca preservar a memória do Império em meio a um contexto republicano.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Hugo Barreto/Metrópoles




