EUA planejam cortes em tarifas e impostos para reduzir custo de vida em 2026

Scott Bessent, secretário do Tesouro, discute medidas para alívio econômico

EUA planejam cortes em tarifas e impostos para reduzir custo de vida em 2026
Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, durante conferência. Foto: Agência

EUA preveem cortes em tarifas e impostos para aliviar custo de vida a partir de 2026, segundo Scott Bessent.

EUA planejam cortes de tarifas e impostos para 2026

Em um contexto de inflação elevada, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou a intenção do governo de implementar cortes de tarifas sobre alimentos importados e impostos para trabalhadores a partir de 2026. Essa iniciativa visa proporcionar um alívio gradual do custo de vida para os cidadãos americanos. Durante uma entrevista ao programa Sunday Morning Futures, Bessent destacou que a proposta do presidente Donald Trump de enviar cheques de US$ 2 mil depende da aprovação do Congresso. “Vamos ver. Precisamos de legislação para isso”, afirmou.

Medidas anunciadas e suas implicações

As declarações de Bessent ocorreram logo após Trump anunciar cortes tarifários significativos para produtos como carne, café, cacau e frutas. Essas medidas têm um impacto direto sobre exportadores brasileiros que enfrentaram tarifas recíprocas de 10% e uma sobretaxa adicional de 40% anteriormente. A pressão política sobre o governo tem crescido, especialmente à luz das recentes eleições estaduais, onde o tarifaço foi apontado como um fator de desgaste.

Trump pretende utilizar a arrecadação das tarifas para financiar os cheques de US$ 2 mil, mas essa estratégia é contestada por especialistas. O Comitê para um Orçamento Federal Responsável estima que o custo para implementar esses pagamentos possa chegar a US$ 600 bilhões, um valor que supera a receita tarifária projetada para 2025.

Críticas e defesas das novas tarifas

Bessent rebateu críticas que afirmam que os cortes são uma resposta emergencial à alta de preços. Ele enfatizou que as reduções anunciadas são resultado de meses de negociações com países da América Central e do Sul. “Estamos trabalhando nisso desde o primeiro dia”, declarou, reafirmando o compromisso do governo com a estabilidade econômica.

O secretário também falou sobre as previsões de preços da carne moída, que podem chegar a US$ 10 por libra até o terceiro trimestre de 2026. Essa alta é atribuída a uma enfermidade já eliminada nos EUA, levando o governo a suspender importações de carne bovina do México para evitar riscos sanitários. Bessent vinculou essa situação ao aumento de animais trazidos por imigrantes da América do Sul.

Perspectivas sobre a inflação

Ao abordar a questão da inflação, Bessent afirmou que o governo Trump “herdou uma inflação terrível”, mas notou sinais encorajadores de desaceleração. Ele observou que os preços de energia e as taxas de juros já apresentaram recuo. A estratégia do governo consiste em combinar uma diminuição gradual dos índices inflacionários com um aumento na renda disponível dos cidadãos.

Ele destacou algumas isenções fiscais, como a isenção de imposto sobre gorjetas, horas extras e benefícios da Previdência Social. Além disso, mencionou a possibilidade de deduzir juros de financiamentos de veículos produzidos nos Estados Unidos. “Eu esperaria que nos dois primeiros trimestres a curva da inflação se incline para baixo e a renda real acelere substancialmente”, disse Bessent, enfatizando que, quando essas duas linhas se cruzarem, os americanos sentirão uma melhora em seus orçamentos domésticos.

Bessent finalizou suas declarações reafirmando a importância dessas medidas para o futuro econômico dos Estados Unidos e como elas visam beneficiar diretamente a população americana.

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