Resultados do IBC-Br revelam desaceleração na atividade econômica brasileira

O Banco Central aponta uma queda de 0,9% no PIB durante o 3º trimestre, refletindo desafios na economia brasileira.
Banco Central revela queda de 0,9% no PIB no 3º trimestre
Em uma análise recente, o Banco Central do Brasil anunciou uma queda de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) durante o terceiro trimestre de 2025, segundo dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Essa informação, divulgada em 17 de novembro, revela um cenário desafiador para a economia nacional, especialmente em um contexto global incerto.
Desempenho do IBC-Br em setembro de 2025
O IBC-Br, que serve como um termômetro da atividade econômica, mostrou uma diminuição de 0,2% em setembro em relação ao mês anterior. No entanto, em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve uma variação positiva de 4,9%. Esse índice é crucial para o Comitê de Política Monetária (Copom) ao determinar a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está fixada em 15% ao ano.
Impacto da Selic na economia
A Selic, principal ferramenta do Banco Central para o controle da inflação, é frequentemente ajustada para equilibrar a demanda econômica. O Copom, ao aumentar a Selic, busca conter a inflação, já que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Por outro lado, uma redução na Selic tende a facilitar o acesso ao crédito, estimulando produção e consumo, mas potencialmente elevando a inflação.
Inflação e seus reflexos
A recente queda na conta de luz contribuiu para uma desaceleração da inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando 0,09% em outubro, o menor índice para o mês desde 1998. Apesar disso, a inflação acumulada em 12 meses ainda está em 4,68%, acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%. Essa situação levou à manutenção da Selic em sua atual taxa, embora o Copom não descarte futuros aumentos caso necessário.
Cenário econômico no Brasil e no exterior
O Banco Central também destacou que o ambiente econômico externo permanece incerto, em grande parte por causa das políticas econômicas nos Estados Unidos e seu impacto nas condições financeiras globais. Apesar da desaceleração econômica, a inflação no Brasil continua acima da meta, o que sugere que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado.
Comparação com o PIB e crescimento anterior
Embora o IBC-Br forneça uma visão da economia, é importante ressaltar que ele não é uma prévia exata do PIB. O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, impulsionado principalmente pela expansão dos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB teve um crescimento significativo de 3,4%, representando a maior expansão desde 2021.
Em suma, a queda de 0,9% no PIB, conforme indicado pelo Banco Central, reflete uma série de desafios para a economia brasileira, que ainda luta para estabilizar a inflação e fomentar um crescimento sustentável em meio a um cenário global volátil.

