Iniciativa busca revolucionar o fluxo de atendimento em emergências hospitalares no Brasil
O primeiro hospital inteligente do SUS começará a ser construído em 2026, usando tecnologia de IA e 5G.
Hospital inteligente do SUS: a revolução no atendimento emergencial
O primeiro hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS) está prestes a se tornar uma realidade, com a construção prevista para começar em 2026. Localizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, o novo instituto utilizará inteligência artificial (IA) e rede 5G para integrar equipes e ambulâncias em tempo real, visando acelerar os atendimentos de urgência e emergência.
Objetivos e benefícios do novo instituto
Com a missão de dobrar a capacidade de atendimento do HC, o hospital inteligente pretende reorganizar o fluxo de atendimento, que atualmente é caracterizado por um processo lento e fragmentado. A proposta é eliminar etapas burocráticas, como a regulação de leitos, que muitas vezes atrasam a admissão de pacientes. O novo modelo permitirá que a triagem seja guiada pela gravidade dos casos, utilizando dados coletados em tempo real.
Como funcionará a integração tecnológica
A utilização da rede 5G permitirá que ambulâncias enviem automaticamente informações sobre sinais vitais, eletrocardiogramas e imagens para o hospital enquanto estão a caminho. A IA interpretará estes dados, considerando idade, histórico e sintomas dos pacientes, além da disponibilidade de leitos e especialidades necessárias, para direcionar o atendimento de forma mais eficiente. Segundo Ludhmila Hajjar, idealizadora do projeto, essa abordagem reduzirá a subjetividade na triagem e permitirá decisões mais rápidas e precisas.
A importância do projeto para a saúde pública
O novo hospital é um passo importante para a modernização do SUS, com o objetivo de minimizar o tempo de espera por atendimentos emergenciais. Com essa integração, o tratamento pode iniciar ainda dentro da ambulância, otimizando recursos e potencialmente salvando vidas. A assinatura do acordo de cooperação técnica, realizada pelo Ministério da Saúde, pelo Hospital das Clínicas e pelo governo do estado de São Paulo, marca o avanço na viabilização financeira do projeto.
Parcerias e sustentabilidade
A proposta do hospital inteligente inclui parcerias com países do bloco BRICS, que fornecerão cerca de 70% das tecnologias empregadas. O intuito é adaptar soluções ao contexto brasileiro, garantindo que não se trate apenas da importação de modelos prontos. Além disso, o projeto seguirá padrões de sustentabilidade, incluindo eficiência energética e reuso de água, para minimizar o impacto ambiental.
Expansão do modelo para todo o país
O HC funcionará como um modelo inicial para o novo sistema de atendimento. Se a experiência for bem-sucedida, o Ministério da Saúde planeja expandir esse modelo para outras regiões do Brasil. Essa iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla que inclui a instalação de UTIs de alta precisão em todo o país, modernizando ainda mais as unidades de saúde existentes.
O hospital inteligente representa uma mudança significativa na forma como o SUS pode atender a população, buscando não apenas a eficiência, mas também a humanização do atendimento, essencial em situações de emergência.
