Incursão de caças russos aumenta tensão na Europa

Aviões MiG-31K violaram espaço aéreo estoniano

Incursão de caças russos aumenta tensão na Europa
Foto: Sem crédito

Incursão de caças russos na Estônia marca escalada de tensão entre Rússia e Otan.

Na última sexta-feira, 19, três caças MiG-31K da Rússia violaram o espaço aéreo da Estônia, membro da Otan, permanecendo sobre o território estoniano por 12 minutos. A Otan respondeu enviando caças F-35 italianos, que fazem parte da missão de Policiamento Aéreo do Báltico, para interceptar as aeronaves russas, que acabaram recuando. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, considerou o episódio uma “provocação extremamente perigosa”, ressaltando que o presidente Vladimir Putin “está testando a determinação do Ocidente”.

Contexto da violação

O chanceler estoniano, Margus Tsahkna, informou que esta foi a quarta violação russa no espaço aéreo da Estônia em 2025, classificando a ação como um nível de “descaramento sem precedentes”. O Kremlin não se manifestou sobre o incidente, que ocorre em um momento de alta tensão entre a Rússia e os países da Otan.

Reações internacionais

A incursão acontece pouco depois da invasão de 21 drones russos no espaço aéreo polonês, onde caças F-16 e um F-35 holandês conseguiram interceptar parte das aeronaves. Moscou alegou que o incidente foi acidental, mas autoridades europeias suspeitam que se trate de um teste às defesas da região. Além disso, no sábado, 13, a Romênia também interceptou drones que cruzavam sua fronteira em ataques russos contra Odessa, levando a Otan a lançar a Operação Sentinela Oriental para reforçar a defesa aérea do flanco leste, mobilizando caças franceses e britânicos para a Polônia.

Implicações para a segurança na região

Criada em 2014, após a anexação da Crimeia, a missão de Policiamento Aéreo do Báltico garante proteção aérea à Estônia, Letônia e Lituânia, países que não possuem força aérea própria. A situação atual evidencia a fragilidade da segurança na região e a necessidade de vigilância contínua frente às ações da Rússia, que permanece em alerta para possíveis ataques massivos à Ucrânia.

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