Médico é condenado por vender cirurgias do SUS em esquema fraudulento

Cirurgias de fimose eram vendidas por até R$ 1,2 mil em Santa Catarina

Médico é condenado por vender cirurgias do SUS em esquema fraudulento
Cirurgias fraudulentas eram realizadas no Sistema Único de Saúde. Foto: Getty Images

Médico foi condenado a 17 anos e meio de prisão por vender cirurgias eletivas, burlando o SUS.

Médico condenado por esquema de venda de cirurgias do SUS

Em um escândalo que chocou a opinião pública, um médico cirurgião-geral foi condenado a 17 anos e meio de prisão por vender cirurgias eletivas, burlando a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina. Esse esquema fraudulento gerou a compra de procedimentos por pelo menos 14 pacientes, que pagaram valores que variavam entre R$ 300 e R$ 1,2 mil, dependendo da complexidade da cirurgia.

Como funcionava o esquema de vendas

Os procedimentos, que incluíam cirurgias como a remoção de fimose, retirada de vesícula e histerectomia, eram custeados pelo SUS. O médico embolsava as quantias recebidas para antecipar as datas das cirurgias. Em algumas situações, as internações eram autorizadas como emergenciais para justificar a prioridade na realização dos procedimentos.

Além disso, o cirurgião marcava consultas particulares, evitando que o pagamento fosse registrado em instituições públicas, de modo a não levantar suspeitas sobre suas ações. O médico ainda contava com a ajuda de intermediários que facilitavam as negociações e realizavam cobranças em seu nome.

Revelação das fraudes e operação policial

A descoberta desse esquema criminoso se deu por meio de interceptações telefônicas que revelaram uma operação policial abrangente, envolvendo 27 réus, incluindo médicos, empresários, políticos e agentes públicos. O intermediário que liderava a organização gerenciava toda a logística da fraude, desde a coleta de documentos até o agendamento dos procedimentos.

Consequências legais e próximos passos

O médico, que já havia perdido seu cargo, enfrentou acusações de corrupção ativa, passiva e inserção de dados falsos nas plataformas do SUS. Apesar da condenação, a decisão cabe recurso, e ele poderá recorrer em liberdade. Esse caso expõe as fragilidades do sistema de saúde pública e a necessidade de medidas rigorosas para combater a corrupção na área.

A sociedade aguarda ações mais efetivas das autoridades para garantir a integridade do SUS e proteger os cidadãos que dependem desse serviço essencial.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Getty Images

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *