Monitor do PIB revela resultados mistos e desaceleração no consumo das famílias

O Monitor do PIB aponta estagnação em setembro e crescimento anual de 2,2%, conforme FGV.
Monitor do PIB revela estabilidade em setembro
O Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), indicou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se manteve estável em setembro, com variação de 0,0% em relação a agosto. Em uma perspectiva anual, o crescimento foi de 2,2% quando comparado a setembro de 2024. Este cenário reflete uma economia que, embora apresente crescimento anual, enfrenta desafios significativos em termos de desaceleração em diversos setores.
Desempenho econômico no terceiro trimestre de 2025
No terceiro trimestre de 2025, o PIB brasileiro cresceu 0,1% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. Quando analisado em comparação ao terceiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 1,5%. A taxa acumulada em 12 meses até setembro ficou em 2,5%. As informações indicam uma desaceleração generalizada na atividade econômica, com o setor de serviços e o consumo das famílias, que são os principais componentes do PIB, apresentando crescimento modesto.
Consumo das famílias se desacelera
De acordo com Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB da FGV, “o resultado do terceiro trimestre mostra que a desaceleração se refletiu na quase estagnação apontada no crescimento de apenas 0,1% na comparação com o segundo trimestre.” O consumo das famílias, que representa uma parte significativa da demanda, cresceu apenas 0,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Essa taxa é uma clara indicação de que o crescimento anterior, que superava os 3,0% ao ano, está em declínio.
Formação Bruta de Capital Fixo e exportações
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos no PIB, teve uma redução de 0,4% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao ano anterior. A queda foi influenciada principalmente pela retração nos investimentos em máquinas e equipamentos. Apesar disso, houve crescimento nos setores de construção e outros ativos.
Por outro lado, as exportações de bens e serviços aumentaram 7,0% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, destacando um crescimento em todos os grupos de produtos, especialmente na área extrativa, que contribuiu significativamente para esse aumento.
Importações e a saúde da economia
As importações também tiveram um aumento, subindo 3,8% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior. A FGV explicou que esse crescimento é atribuído principalmente aos bens intermediários e de capital. Entretanto, as importações de produtos da extrativa e serviços contribuíram negativamente para esse crescimento, refletindo um padrão observado nos últimos trimestres.
Conclusão sobre o desempenho do PIB
Em termos financeiros, o PIB brasileiro alcançou R$ 9,370 trilhões entre janeiro e setembro de 2025. A taxa de investimento da economia foi de 18,9% no terceiro trimestre, indicando que, apesar de alguns sinais de crescimento, a economia enfrenta um contexto de desafios e desaceleração que requer atenção das políticas econômicas e dos agentes de mercado.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Paulo Pinto/Agência Brasil




