Estudante premiado pelo MEC é suspeito de vazar questões do Enem

Edcley de Souza Teixeira é acusado de compartilhar questões antes da prova

Estudante premiado pelo MEC é suspeito de vazar questões do Enem
Estudante suspeito de vazar as questões do Enem foi premiado pelo MEC. Foto: Metrópoles

Edcley Teixeira, estudante premiado pelo MEC, é acusado de vazar questões do Enem 2025.

Estudante premiado pelo MEC é acusado de vazar questões do Enem 2025

No dia 19 de novembro de 2025, o estudante de medicina Edcley de Souza Teixeira tornou-se o foco de uma polêmica que envolve a integridade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apontado como suposto responsável por vazar questões idênticas a três que foram aplicadas no Enem deste ano, Edcley já havia sido premiado pelo Ministério da Educação (MEC) com um prêmio de R$ 5 mil por sua performance em uma avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Este prêmio foi concedido a ele por alcançar uma das melhores notas, sendo reconhecido como “Talento Universitário”.

O Capes Talento Universitário, que oferece mil prêmios de R$ 5 mil cada, é destinado a estudantes que fizeram o Enem e ingressaram em instituições de ensino superior. Edcley foi um dos 950 alunos que se destacaram na prova de 80 questões de conhecimentos gerais, em formato de múltipla escolha, que é o mesmo adotado pelo Enem.

A suspeita de vazamento das questões do Enem surgiu após a repercussão de uma live que Edcley transmitiu no YouTube, cinco dias antes da prova de Ciências da Natureza. Durante a transmissão, ele expôs questões que eram quase idênticas às que seriam aplicadas. Além disso, em sua monitoria, Edcley disponibilizava PDFs com questões que poderiam ser abordadas no Enem, levando usuários a afirmarem que ele tinha acesso a materiais sigilosos.

Um exemplo específico de vazamento ocorreu quando Edcley, em uma de suas lives, apresentou uma questão de Biologia que continha os mesmos dados da prova do Enem, ainda não aplicada. Em resposta às acusações, Edcley defendeu-se afirmando que utiliza a técnica de engenharia reversa como metodologia de estudo e que as questões que ele apresentou eram baseadas em “informações públicas” ou itens que ele mesmo usou em sua prova da Capes.

Em agradecimento ao MEC e ao Inep, Edcley compartilhou um comunicado dos órgãos de educação, detalhando sua trajetória acadêmica e promovendo sua mentoria, que atraiu diversos alunos. Entretanto, a situação se complicou quando, no dia 18 de novembro, o MEC decidiu anular três questões do Enem 2025 após identificar que um universitário havia antecipado questões em uma live, coincidentemente relacionadas a Edcley.

A nota do MEC destaca que existem indícios de que perguntas utilizadas em pré-testes do Inep foram usadas em um curso preparatório online, levantando mais suspeitas sobre a conduta do estudante. O caso está sob investigação da Polícia Federal, e a comunidade acadêmica aguarda desdobramentos sobre essa polêmica que pode impactar a credibilidade do Enem e dos processos avaliativos no Brasil.

Fonte: www.metropoles.com

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